quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Reivindiquem suas meias!

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Os jovens universitários sabem do que eu falo: universitário é quebrado! Quebrado no sentido financeiro, claro. É época de contar moedinha pra tomar uma cerveja e ir a algum evento festivo.

Os universitários optam por continuar seus estudos em nível superior (existe o fundamental, o médio e o superior) e postergam, na maioria das vezes, sua entrada no mercado de trabalho. Por esta razão é que se criou a “meia-entrada”, destinada aos estudantes para que possam desfrutar do direito assegurado de acesso à cultura, esporte diversão e lazer.

A Medida Provisória n° 2208/2001, anterior à Emenda Constitucional 32 (ou seja, ainda está valendo), definiu parâmetros para a comprovação da qualidade de estudante, que passou a ser feita por qualquer documento emitido por estabelecimento de ensino ou associação estudantil, ou ainda, desde que se prove que se trata de menor de 18 anos de idade. A maioria dos estados também têm leis que garantem a meia entrada aos estudantes. Exemplo: Minas Gerais tem a Lei Estadual 11.052 de 24 de março de 1993.

Mas este direito tem sido sonegado a estudantes de diversas cidades.

Um dos principais problemas dos estudantes é que os estabelecimentos tem exigido a apresentação de comprovante de matrícula ou de histórico escolar, o que não tem respaldo legal e é uma atitude abusiva.

Esta atitude dos proprietários dos estabelecimentos ocorre porque se disseminou a prática de conceder carteira de estudante para quem não é estudante, o que burla os objetivos da prerrogativa concedida aos estudantes. Tomando por exemplo um show de música: o custo da produção deste é um valor fixo, que não se altera se há mais ou menos espectadores (na maioria das vezes). Mas se um sem número de “falsos” estudantes munidos de carteira comprarem ingresso, o produtor do espetáculo certamente perceberá o prejuízo.

Contra-atacando, os promotores de eventos vem realizando várias práticas que devem ser combatidas: imprimir ingressos sem preço; colocar o valor da meia-entrada equiparado com o valor da inteira; limitar o número de ingressos de meia-entrada, etc.

Sugestões surgem para todos os gostos: criar um cadastro único de estudantes, e monopolizar a emissão das carteiras, que seriam feitas pela Casa da Moeda, atrelar a condição de estudante à idade de 24 anos, etc.

O que deve haver mesmo é a fiscalização, seja por parte dos órgãos de defesa do consumidor ou outros incumbidos de fiscalizar a emissão de carteiras e pelos próprios estudantes, que devem denunciar os estabelecimentos que não seguem a lei mas devem denunciar também aqueles que fazem uso da prerrogativa de estudante sem o ser. Só o uso consciente deste direito é que poderá permitir que ele continue a existir.

O direito à meia-entrada também vale para os idosos! O Estatuto do Idoso (Lei 10.731/03) garante aos maiores de sessenta anos o pagamento de metade do valor da entrada nos eventos culturais, esportivos e de lazer.

P.S.: Dica ao estudante: imprima a MP2208 e a Lei de seu Estado que garanta a meia entrada. Se seu direito não for respeitado, chame o PROCON ou até mesmo a polícia (eu já fiz isso, funcionou). Só não vale ficar parado!

Nemo Tenetur

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sábado, 29 de agosto de 2009

Minha história pela blogosfera

db Quando entrei na blogosfera em quartorze de agosto de ano passado, não sabia realmente como um blog era feito. Não tinha a mínima noção do que Blogger, Wordpress. Comecei “catando” pesquisas no Google, queria fazer coisas a mais do que o Blogger, plataforma que eu uso, poderia me oferecer. Como a grande maioria que caí em blogs sobre tutoriais e afins, já comecei perguntando coisas que não faziam o menor sentido. Eu era aquele cara chato que queria ser respondido a qualquer custo.

Depois, descobri que quando fazia pesquisas no Google eu sempre chegava aos mesmos sites. Deveria ter um motivo para isso, eles serviam para ajudar as pessoas que como eu. Quem não conhecia nada sobre blogs, templates, hacks. Foi então que descobri o Feed e percebi que poderia ler periodicamente estes blogs. O blog que mais me ajudou foi o “Dicas Blogger”, da @julianasardinha.

Como passei a ler os blogs com mais freqüência, descobri que eu era um chato para os donos do blog. Coloquei-me na posição deles, eu não responderia a nenhum comentário que um chato fazia sem o mínimo de bom senso. Esses metablogs me ajudaram a criar o blog, o template, os widgets, mas o mais importante: mudar a minha cabeça sobre blogosfera e principalmente ética na Internet.

Esses blogueiros não são obrigados a responder nossas perguntas. Eles já fazem muito mais do que isso, tentam ajudar a todos os níveis de pessoas. Sejam elas, iniciantes ou experientes.

O blog que citei anteriormente irá fazer dois anos de existência na próxima semana. É considerado um manual online sobre Blogger e Internet. Um texto em cada blog é pouco para o que devemos a eles. Todos conseguiram mudar uma plataforma limitada, como o Blogger, para uma muito melhor e estão conseguindo mudar a blogosfera.

Quando vejo que muitas pessoas roubam os artigos desses blogs me dá muito raiva. Afinal, a pessoa gasta seu tempo ajudando a todos e ainda alguém tem coragem de copiar todo o conteúdo.

Deve ser muito chato lidar com perguntas fora de hora, com pessoas achando que estes blogueiros são obrigados a lhes responder, com plágio. Porém, deve ser de uma imensa gratificação quando estes donos de blog olham em um site e veem que o template que está lá foi feito por eles e perceber que ajudaram a mudar muita coisa não somente sobre Blogger, mas sobre a blogosfera em geral.

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Você se lembra daquele…

hype hypehype

A maioria das pessoas gosta muito de um hype. Porém, essa regra é muito comum entre nós, brasileiros. Gostamos de estar por dentro dos assuntos mais discutidos. Se todo mundo falar sobre novela, é meu dever cívico assisti-la e depois decorar todas as frases engraçadinhas e repeti-las durante a próxima semana inteira.

No final de um acontecimento que é considerado um absurdo para os olhos da sociedade, todos se revoltam e vão ao enterro da vítima ou saem às ruas para caçar os assassinos. Uma comoção social mútua e, quando se fala em muita gente no Brasil, pode-se saber que vai até presidente de time de futebol tentar salvar o dia.

Depois do dever cívico, que falei lá em cima, ser cumprido, todos vão discutir o assunto à exaustão, quando muitas vezes as pessoas “pagam” de entendidos sobre o assunto. Existem muitos controladores de vôo, policiais do GATE e psicólogos no Brasil. Talvez essas pessoas não tenham tido chance na vida, ou não foram incentivadas. Deve ser isso. Sem contar os inúmeros técnicos de futebol.

Como todo bom hype, esquecemos de tudo o que aconteceu. Ninguém mais comenta sobre aquele acontecimento que era considerado trágico na semana passada. Vide o sensacionalismo causado por vários acontecimentos “famosos”, que sempre passavam no Fantástico narrados pela voz de Zeca Camargo, este com uma cara de indignação. Na época é um alvoroço, depois ninguém se lembra do nome diferente daquela menina.

Contudo, é só sair um filme sobre o causo para que o assunto volte a ser discutido a esmo por todos.

Alguém aí acha que este caso do Sarney vai ser diferente?

motivacional

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domingo, 16 de agosto de 2009

Nua e crua

carrocasa Vou tentar ser o mais didático possível...

Rogério era um homem com seus quarenta anos, bochechas rosadas e com alto teor de tecido adiposo mal-distribuído. Morava em um apartamento num bairro residencial de uma cidade bem desenvolvida. Tinha um belo casamento e dois filhos, frutos do casório. Adorava lavar seu carro nas manhãs de sábado e fazer um grande almoço aos domingos. Sempre contava histórias que seriam engraçadas, se já não fossem repetitivas.

Gostava muito de sua rotina “The Sims”. Trabalhava em uma corporação e ganhava suficientemente bem. Era amigo de todos e toda quarta-feira saía para jogar bolas com os amigos. Considerava-se um cara totalmente normal.

Eis então que o Sr. Rogério resolve sair do aluguel e dar um grande passo na vida de uma pessoa digna de pertencer à classe média: resolve comprar seu apartamento próprio. Economizar? Juntar dinheiro? Não havia necessidade, hoje os bancos fazem empréstimos, financiam, tudo muito fácil.

O quarentão Rogério poderia comprar uma casa sem sofrer para economizar, poderia continuar almoçando aos sábados na churrascaria e levando as crianças nas quintas ao boliche do shopping e depois pagar uma rodada de sorvete para todos os amigos dos seus filhos no Mc Donald’s. Não precisaria fazer esforço algum para esta aquisição.

Na outra semana, Rogério já estava na casa, todo feliz, sorrindo com suas bochechas rosadas e assistindo golfe na televisão.

Porém seu Rogério contraiu uma dívida e dificilmente irá quitá-la. Bancos não são mocinhos de filme de faroeste. Eles cobram juros muitos pesados. Com estes juros o banco alimenta a poupança dos ricos (sem trocadilhos, espertinho). Ou seja, a classe média é quem paga aos ricos. De certo ponto de vista, nós trabalhamos para os ricos e ainda temos que pagá-los. Indiretamente, mas temos.

Para mais informações, acesse este vídeo: http://dotsub.com/view/a34fba0d-4016-4807-b255-021b58dbc9a4

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sábado, 15 de agosto de 2009

A cabeça de Tarantino

quentintarantino

De todos os filmes de Tarantino que assisti, gostei muito de todos. Muita violência e diálogos marcantes edificam os filmes do diretor americano. Outro ponto é o roteiro que na maioria das vezes é escrito pelo próprio diretor, que também atua. A principal característica dos roteiros é a forma não-linear, ou não-cronológica, como você preferir. Geralmente o filme começa já com o final, pode parecer um pouco maluco. Porém, o filme te força a sair do cinema e repensar tudo que viu e encaixar as cenas para montar uma história coerente.

Estava navegando pela Internet há alguns dias e descobri um curta-metragem brasileiro, com Selton Mello e Seu Jorge discutindo o que eles chamavam de “O Código de Tarantino”. Segundo Selton Mello, os filmes do diretor de Teenesse estão interligados, como se todos passassem em um mesmo mundo. Uma história cronológica (haham), colocando em prova que todos os filmes são uma continuação. O vídeo é muito bom e Selton Mello vai explicando e mostrando as cenas, enquanto discute com Seu Jorge.

Tarantino trabalhou um tempo em uma locadora, portanto, viu muitos filmes e absorveu muitas coisas destes. A maioria era aqueles que nenhuma pessoa alugava, antigos, orientais, algo que muitos já consideravam ultrapassados. Podemos ver muito desses filmes nos próprios filmes do diretor. Quentin Tarantino fez seus filmes à sua maneira, porém, ele não seria o que é sem os filmes que o inspiraram. O próprio diretor já fez este comentário. O Kill Bill é um grande exemplo da absorção de Tarantino. É uma homenagem aos filmes orientais, feito do jeito de Tarantino.

Inclusive, acho que o próprio diretor é quem edita seus próprios filmes. É tanta “coisinha” que pensamos: isso foi Tarantino que fez, não pode ser outra pessoas, é uma tomada da câmera, ou um “easter egg” que percebemos que me faz pensar que foi Tarantino que fez.

Em outubro deste ano vai ser o lançamento, aqui no Brasil, do novo de filme de Tarantino, que demorou bastante tempo para ser feito. O filme é sobre a segunda guerra mundial, mas com uma visão diferente, algo que ninguém nunca tinha pensado antes. Será estrelado por Brad Pitt (quem sabe agora ele ganha o Oscar de melhor ator). O longa metragem irá se chamar “Inglourious Bastards”. Segue abaixo o trailer legendado do filme.

Se você não aguenta mais esperar pelo lançamento do filme, pode ver este vídeo no blog Pois Bem, no post com o título de “Este post não é sobre “The Tarantino Mixtape”” e você irá matar a saudade com várias cenas dos filmes que Tarantino já fez. O vídeo é muito bem feito e a edição é perfeita, cada cena se assemelha com o som de fundo. Sem contar que conseguimos lembrar muito dos filmes Tarantino. Acho que a maioria dos filmes do diretor está neste vídeo.

The Tarantino Mixtape from Eclectic Method on Vimeo.

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sábado, 8 de agosto de 2009

O que Monty Python e ficção científica têm em comum?

mpthmfOntem, dia oito de agosto, assisti ao filme “A vida de Brian”. Gosto bastante de Monty Python, já assisti outros filme do grupo inglês, mas ainda não havia assistido este filme em específico.

O filme conta a história de Brian, um rapaz completamente normal, que nasceu em uma época um “pouco” fora do normal. Brian nasceu no mesmo dia em que Jesus e teve sempre que correr das pessoas que o achavam o Salvador. Como eu disse antes, Brian era um rapaz normal que sofreu com a necessidade de um Messias muito esperado.

Todo o filme é uma paródia do incrível grupo inglês Monty Python. Eles não criticam Jesus em nenhum momento. Apenas falam de interpretações errôneas, fanatismo e falta de visão dos fiéis.

Por acaso, hoje assisti ao filme “The Man From Earth”, que prova mais uma vez que um orçamento baixo não significa um péssimo filme. Vide “Doze Homes e Uma Sentença”, que é bem parecido com o filme supracitado. Não há efeitos especiais. Tudo se concentra nos diálogos e em uma sala.

John Oldman precisa se mudar a cada dez anos para as pessoas ao seu redor não perceberem que ele não envelhece. John tem quatorze mil anos e resolve contar a história de sua vida para seus amigos. A primeira parte do filme é uma aula de paleontologia. Histórias bem detalhadas são reveladas por John. Apesar de todos acharem que John está louco depois de falar que é um homem das cavernas.

As coisas ficam mais interessantes quando começam a falar sobre religião. Alguém pergunta se John conhece algum personagem bíblico e ele fala que não somente conheceu, mas que foi Jesus.

Porém ele explica que não fez milagres, nem mesmo ressuscitou. Apenas quis repassar os ensinamentos que aprendeu com Buda. Uma amiga católica que estava presente começa a chorar e falar que isto não é possível, ele não era Jesus. Contudo, deixem de lado a questão: ele é ou não Jesus? Preste atenção que todos seus amigos chegaram a acreditar em sua história.

Nesse ponto nós voltamos para a crítica de Monty Python. A necessidade de procurar um Messias, a loucura do povo para encontrar o Salvador e achar que qualquer um pode o ser, chegando a “fazer força” para que isto aconteça. Todos que estavam na sala com John esqueceram sua fé e acreditaram em um homem que diz ser Jesus.

Os dois filmes são ótimos, e recomendo fortemente que você os assista.

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Monopólio na Internet não funciona

http://guru.gmxhome.de/bilder/darwin.jpgA imprensa sempre foi e sempre será parcial em relação a determinado assunto. Houve sempre uma intenção por trás de uma simples notícia reportada. Eles detêm o controle da informação e defendem seus ideais usando-o. O golpe militar foi a época mais marcante em relação à censura e à manipulação.

A ideia de que um jornal defende algum candidato é plausível. Afinal, existe a liberdade de expressão. Enfim, com a discussão sobre a possível liberação da campanha virtual, os candidatos poderiam conhecer mais como a Internet funciona.

Saiu no Correio Braziliense que o Presidente do Senado, José Sarney, contratou quinze jornalistas recém-formados para todos ficarem pesquisando o que os internautas estavam falando do ex-governador do Maranhão. O grupo deveria ainda responder às críticas que estavam fazendo contra Sarney. No final de tudo, queriam formar uma boa imagem do Presidente do Senado.

Mas tudo isso aconteceu na Internet. É claro que não iria dar certo. Primeiro pelo simples motivo que é impossível controlar toda a informação da Internet, muito menos manipulá-la. Os jornalistas tinham um perfil no Twitter e uma comunidade no Orkut. Esta e aquele já foram devidamente excluídos.

Além de ser um meio abrangente, a Internet possibilita a todos o direito de manifestar sua opinião. Não é como no jornal que lemos e comentamos com pessoas a nossa volta. Dificilmente, este plano iria dar certo. A cabeça das pessoas não mudaria em nada. Como eu disse antes, é impossível manipular a informação na rede.

Poderia até dar certo em outras mídias, mas na Internet, certamente não.

Fonte da notícia: http://www.deunojornal.org.br/materia.asp?mat=275720&pl=

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Médicos não são mágicos

medicos A médica Ana Murai foi presa na madrugada desta quarta-feira, 29 de julho de 2009, no Rio de Janeiro. Ela foi levada à delegacia não por errar o local da injeção de Botox em uma perua, ou mesmo por trocar alguns órgãos durante uma cirurgia. A média foi presa pelo simples motivo de descumprir uma ordem judicial que previa a internação de Maria Elza da Silva Aquino que estava tendo problemas cardíacos.

Até essa parte do texto, você deve estar pensando: é apenas uma médica preguiçosa e por pura má vontade não quis internar a paciente. Porém, este não foi o caso. Ana Murai descumpriu a decisão judiciária, porque não havia mais leitos vagos no hospital. Tomando por base a geniosa mente do juiz André Nicolitt ela deveria ser presa por desobedecer a uma ordem judicial. Afinal, ele queria que ela fizesse o quê? Deixar um paciente morrer bem rápido para desocupar o leito para Maria Elza? Olhe as palavras da própria médica:

"Eu cumpri três mandados judiciais ontem e não cumpri o dela não porque não quis, mas porque eu não pude cumprir, eu não tinha leito disponível para esta paciente. O caso específico dela precisava de unidade coronariana, não podia transferir para um leito que não era adequado para ela. Não pude explicar para o juiz antes de me prender"

No meio de um surto de gripe suína, uma médica é levada presa, abandonando assim seu plantão do dia, pela simples causa de fazer o que é certo?

Isso desanima muito. Um hospital cheio e uma médica ir presa por não ter leito. Além de tudo, a culpa de não ter leito, afinal, é totalmente da médica. O governo “adora” dar leitos para hospitais, a culpa é toda dos médicos em não ter nenhum vago? Talvez eles sejam muito egoístas, ou estão participando de uma conspiração da CIA para não dar leitos para ninguém. Só pode ser isto...

Quando um hospital é mostrado com leitos nos corredores, todos acham um absurdo, o hospital não deve ter recursos suficientes. Entretanto, quando alguém não interna um determinado paciente e ainda acham que a médica estava com má vontade? Talvez devessem jogar o paciente em qualquer lugar do corredor do hospital, assim estariam “obedecendo à justiça”.

Fonte da notícia: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u602071.shtml

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Orkutização da informação, ão, ão, ão

bagnewspaperA Internet tem se mostrado uma ótima forma de disseminação de informações, sejam elas relevantes ou não. Como é um território livre e é constantemente atualizado, podemos “lançar” uma notícia sendo real ou apenas um boato não confirmado, ou até mesmo inventado. A enxurrada de notícias chega a assustar. A informação está se tornando algo que qualquer um pode fazer, ficando mais de cunho popular. Deixou de ser a muito tempo monopolizada por veículos tradicionais da mídia.

 

Com certeza temos sites de fontes confiáveis, aos quais damos total credibilidade quanto o assunto é notícia. Porém já existem alguns onde o leitor faz a notícia. Seria como uma Wikipedia. Temos o OhmyNews como exemplo, um site em que o leitor faz a notícia, segundo o slogan deles.

A morte de Michael Jackson ressaltou uma questão sobre relevância. O Twitter pipocando mensagens sobre a morte do rei do pop. Contudo, a maioria ainda estava com o pé um pouco atrás em relação à veracidade da notícia. A maioria dos portais de notícias já havia reportado a morte de MJ, mas a CNN ainda não tinha publicado algo em relação ao falecimento do cantor. Aí é que entra a credibilidade. Como a CNN é um veículo de informações bastante relevante, depois de ter colocado no site, todos acreditaram mesmo na morte de Michael Jackson. Muitos já haviam feito homenagens, porém não era certeza. Ficou um clima: será que ele morreu? Mas a CNN não confirmou nada.

Você pode até achar que a CNN se atrasou para publicar a notícia. Entretanto, a credibilidade foi levada em conta. A Internet é extremamente eficaz para espalhar notícias. Com o assunto sobre a morte de Michael Jackson foi um alvoroço, foi o único assunto em que todos falavam.

O Twitter é um grande aglomerado de notícias, e estas são atualizadas cada vez mais rápido, devido a eficiência que a rede social propõe. São reportadas novidades rapidamente, e qualquer um pode ver. O sistema de busca do site possibilita que internauta saiba o que está acontecendo na hora. Inclusive, este é o subtítulo do “search” do Twitter: “See what's happening — right now”. A qualquer momento você pode ler a opinião de diversas pessoas sobre qualquer assunto. Esta é mais uma diversificação da notícia. A pessoa não só pode ler uma reportagem, como também pode ficar sabendo o que outras pessoas estão pensando.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como a mídia se divide

susan-boyle-b_2A mídia, entidade que define “algumas” coisas, tem usado uma fórmula para alavancar sucesso rapidamente. Não, ela não digita no Google: como ficar rico acabando com a vida de outra pessoa. A fórmula é algo assim:

1 pessoa normal + 1 grande apresentação = 1 grande loucura + comoção popular.

Ou seja, o sucesso instantâneo de uma celebridade. Isto nós podemos chamar de sensacionalismo.

Um exemplo atual e recorrente é a escocesa Susan Boyle. Todos achavam que ia ser um desastre, mas acabou sendo uma grande apresentação, aflorando em muitos aquele sentimento de superação, típico de filmes americanos. Ela conseguiu comover bastante gente, acabou enlouquecendo, e foi internada.

O interessante é que a mídia cobriu o auge e a decadência de Susan Boyle. Porém, perceba que “a mídia” cobriu quando Susan Boyle foi interna em uma clínica psiquiátrica. Foi reportado que a escocesa foi internada e a mídia culpou-se como a causa de seu enlouquecimento. Ou seja, determinada mídia “enlouqueceu” Susan Boyle, e a própria mídia foi criticada ao ficar o tempo todo atrás da pessoa, tentando tirar fotos e fazer perguntas inapropriadas. Afinal, todos botaram a culpa na “mídia” para “tirarem o seu da reta”.

Outro exemplo é como a “mídia” fala que a mídia está estragando os jogadores de futebol. A expectativa em cima dos rapazes é grande e se o jogador for bem, ele é louvado e na próxima semana estará na Europa. Se o jogador vai mal ele será criticado e chamado de amarelão, pipoqueiro e outros jargões futebolísticos.

Esta fórmula de tentar “montar uma celebridade” está se mostrando altamente lucrativa para empresas, jornais e programas de TV. É tudo algo de momento, um hype. Todos querem assistir, comentar na hora e depois ninguém mais lembra o nome da pessoa. Não importa se a pessoa vai agüentar a pressão, enlouquecer. Se isto acontecer, melhor ainda. Assim, a mídia pode se culpar como causa destes problemas.

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cultura Pop

cubomagico A cultura pop representa atualmente um “movimento” culto, porém, longe do tradicional Classicismo. Engloba uma série de coisas: cinema, música, comida.

Um grupo conhecido que faz parte desta cultura são os nerds. Alguns exemplos de gostos nerds: Star Wars, Senhor dos Anéis,  e principalmente, os quadrinhos. Nesta última área Alan Moore é um grande ícone. É autor de uma obra-prima dos quadrinhos, “Watchmen”.

Na música o nome faz jus ao pop, literalmente. Bandas ou cantores famosos que agregam o gosto popular e são rotulados como pop encaixam nesta categoria.

O cinema é um importante difusor desta cultura. O principal representante é Quentin Tarantino. O diretor de “Pulp Fiction” traz o crime para o cotidiano, longe do romantismo dos filmes de máfia, como os dirigidos por Scorcese e Coppola. É considerado um marco nos anos 90. Muito sangue e violência caracterizam os filmes de Tarantino. Vários atores “pop” como John Travolta, Bruce Willis, Samuel L. Jackson atuaram em um dos principais filmes hollywoodianos da década de 90.

Outros filmes representantes da cultura pop que podemos citar: Clube da Luta, Matrix, Kill Bill, entre outros. Todos foram grande sucesso de bilheteria, assistidos por milhões de pessoas. Não são filmes considerados chatos, como clássicos antigos. Nestes filmes há sempre críticas à sociedade americana e cenas de violência, geralmente acompanhadas por efeitos, como a câmera lenta ou efeitos especiais.

Séries de TV e animes também fazem parte da cultura pop. Ela pode ser definida por algo de grande aspecto visual, que pode ser discutido em uma mesa de bar e com uma grande história no “background” do filme.

Esta “cultura” não foi algo premeditado, não foi intenção criá-la. Ela surgiu e foi totalmente aceita. Todos estes filmes, quadrinhos e músicas referentes à cultura pop são um olhar diferente em torno da sociedade americana.

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domingo, 12 de julho de 2009

Anúncios de Domingo

Anúncios publicitários sempre foi algo que me chamou muita atenção. Desde que sejam bem feitos, é claro.

Propagandas feitas em outdoors nas ruas são uma grande forma de chamar atenção das pessoas, chega ser algo que paramos para ver e esclamamos: “quanta criatividade”.

Reuní neste post um conjunto de propagandas que considero de bom agrado.

Este vídeo da Honda ficou genial, os saudosistas que jogavam TIM vão adorar.

Esta propaganda da Santa Casa ficou muito boa.

Alguns outros anúncios que achei no site Curiosando (clique nas imagens para ver mais anúncios).

Belt Up | Banco de trás não é seguro sem cinto-de segurança

Revista Propaganda & Marketing | Se você estuda publicidade ou marketing, o que você vai ler?

Spontex Panos | Máxima Absorção
Agência: TBWA Barcelona

Volvo | O Volvo XC90 só tem sete lugares. Desculpe
Agência: Euro RSCG South Africa

Para ver mais propagandas, segue o link: 

http://www.curiosando.com.br/category/varios/publicidade/

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pobre Inácio

Inácio foi durante muito tempo operário em uma fábrica especializada em produzir cinzeiro para motos. Trabalhava de sol a sol e era um grande companheiro para seus colegas de trabalho.

Reunia-se com todos para a pelada de quarta-feira na quadra coberta do Rubinho. Este por sinal, já estava cansado das piadas sobre um famoso homônimo, mas esta parte da vida de Inácio não vem ao caso. Se você deseja saber mais, use a imaginação. Afinal, este é um texto fantasioso.estrela-do-mar

Todos devem ter ouvido algo a respeito da famigerada crise que assolou os Estados Unidos e, consequentemente, o resto do mundo. Pois bem, nessa história de mudar a carga horária ou demitir funcionário, Inácio “rodou”. Isso mesmo, foi demitido sem aviso prévio e já estava quase aposentando. Provavelmente não conseguiria emprego em nenhuma outra fábrica no abrangente ramo da produção de cinzeiro de moto.

As indústrias estavam demitindo para não caírem na dança das cadeiras. Era um ano apertado e fechá-lo no vermelho não era algo esperado, muito menos desejado.

Continuava reunido com seus amigos, que foram todos demitidos (talvez aquele ditado “diga-me com quem andas e ti direi quem és” não serviria para a ocasião, pois apenas educadores falam isto para adolescentes rebeldes). Mas a cerveja e o churrasco no domingão era algo que não deixariam de fazer.

Foi durante o ocioso domingo que Inácio proferiu palavras tão sábias que jamais nenhum de seus amigos esqueceu: É... Aquele partido era somente ilusão. Depois, todos fizeram silencio e repetiram estas palavras para si mesmos.

Não foi motivo para acabar a festa, mas todos ficaram abalados. No mês seguinte, todos os amigos, inclusive Inácio, arranjaram emprego no ressurgente negócio de produção de rebimboca para parafusetas.

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domingo, 14 de junho de 2009

O discreto charme da Camorra

Filme de máfia é um gênero de filme que atrai muitas pessoas. Muitos gostam de ver o charme da máfia, as conversas, decorar falas famosas de filmes, como o “Poderoso Chefão”. Quem não conhece a frase “Eu lhe farei uma oferta que ele não poderá recusar”, proferida por Don Corleone? Provavelmente a máfia italiana é a mais retratada na sétima arte. A máfia ficou romantizada pelos filmes. O sotaque italiano então, nem se fala...

Porém, a máfia continua sendo atuante na sociedade italiana. Não é apenas nos filmes. Não é algo do passado; é muito atual. Em Nápoles, a convivência com a Máfia é diária,  pois há dezenas de mortes resultantes de conflitos entre clãs napolitanos. O governo italiano parece ignorar que isso aconteça, e somente quando muito agravante acontece que o governo resolve fazer uma operação para mostrar para a imprensa mundial. A máfia chega a ser algo normal, principalmente na política. O ex-primeiro-ministro Giulio Andreotti foi preso sob acusação de matar um jornalista e de ter relações com a máfia.

Giulio Andreotti é o "senhor" do vídeo

Alguns filmes como “Os Bons Companheiros”, e, até mesmo o “Poderoso Chefão”, mostram como a Máfia agia em relação ao tráfico de drogas. Nos filmes, a Máfia tenta não entrar no ramo das drogas, e, quando entram, sempre algo dá errado. Hoje o tráfico de drogas em Nápoles parece algo que caracteriza a Máfia. Uma das passagens do livro Gomorra, de Roberto Saviano, retrata testes que eram feitos em viciados para ver o resultado de misturas de drogas. Estas misturas eram feitas para acabar com a concorrência. Viciados encontravam a heroína mais barata da Europa e corriam o grande risco de morrer. Se um desses viciados morresse, era apenas mais um. Se o viciado ficasse bom e o efeito da droga surtisse, a mistura era vendida.

O principal ramo de comércio da famosa máfia Italiana, a Camorra, é o tráfico de drogas. As pessoas que vivem nesse meio e que não pertencem à Máfia recebem algum dinheiro para esconder a mercadoria. De certa forma, a máfia é um ganha-pão para essas pessoas. Mas a máfia não se concentra somente na venda ilegal de drogas, pois a cobrança por proteção é real. O senhor “Genaro” da mercearia paga por proteção para a máfia.

Recentemente, houve a crise do lixo em Nápoles. Toneladas de lixo foram queimadas e jogadas nas ruas. Mais um sinal de ação da Máfia. O “lance” do lixo é muito lucrativo. Uma empresa que mexe com lixo radioativo, por exemplo, não tem onde jogar esse lixo. Deve que tratar o lixo, e isso tudo acaba saindo caro. Por[em, a Máfia napolitana cobra barato e recolhe este lixo e joga em qualquer lugar em Nápoles. Ou seja, boa parte do lixo do mundo vai parar lá. Os depósitos ficaram superlotados e os habitantes resolverem atear fogo no lixo.

Quando olhamos para uma notícia, uma chacina, achamos que máfia é coisa do passado. Pois bem, ela continua atuante no sul da Itália e lucrando...

Para saber mais:

Podcast - Nerdcast 157 - Mafia, Omertà e Vendetta!

Livro - Gomorra

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

“E daí?”

tonemai Arnaldo sempre foi o cara antipático da turma. Era assim, não por causa dessas reportagens que passam no Fantástico sobre como tal pessoa é excluída do convívio social, ele era assim porque gostava de ser daquele jeito.

Ele não entendia por quê ninguém conseguia compreender sua intenção de ficar quieto no seu canto. Qual o problema do menino não conversar com pessoa alguma?

A mãe já achava que era algum fator de stress que o menino estava passando. Levou ele ao psicólogo, psiquiatra, tentou mudar a marca do leite e trocar o tecido das roupas que o filho usava. Nada, o menino sempre naquela quietude. Ele não se sentia reprimido, coisa e tal. Achava interessante o comportamento daquelas pessoas que não paravam de preocupar com sua pessoa.

O pai, rapaz ideológico, já proferia que o convívio e o relacionamento com pessoas fazem parte da característica de sobrevivência humana. Citava “Do Contrato Social” de Jean-Jacques Rousseau. O menino apenas olhava e continuava a tomar seu café.

Essa história não tem um final feliz, Arnaldo não conseguiu superar esse trauma, que para ele não existia, nem se tornar um homem de sucesso, com uma brilhante carreira no futuro. Ele continuou com seu jeito calado de sempre, não ligava muito para convenções sociais.

No fundo, é uma coisa que todo mundo queria ter, o desprendimento social. Sabe aquela hora que alguém vai falar com você, e não é uma boa hora, então sempre temos que dar atenção? Para Arnaldo era diferente, ele apenas abaixava a cabeça e morria de rir por dentro.

***

PS: queria colocar o título do post de “Fuck You!”, mas, infelizmente, não tenho esse desprendimento social.

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dica de blog

Eu gosto bastante de ver montagens na Internet. Hoje, estava navegando pelo blog English Russia, um dos melhores de fotografia que conheço, e achei fotos-montagens com o título San Petersburgo: Antes e bepois. Esse conjunto de fotografias consiste em colocar fotos atuais e “juntar” com as antigas. Não sei se a explicação ficou boa, então vejam algumas fotos e tentem visitar esse blog que é muito bom.

sp1

sp2Algumas montagens são muito bem elaboradas e chega ser difícil distinguir uma foto antiga e outra atual.

Segue o link original:

 St. Petersburg: Now and Then 2

No blog há também fotos de Leningrado (antes e depois), o link é esse:

Leningrad Siege: Now and Then

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Voa passarinho!

Ultimamente, a febre na Internet tem sido o Twitter, ferramenta de envio de mensagens com até 140 caracteres. O interessante é que muitas pessoas aderiram a esse serviço considerado inútil inicialmente. Afinal, o que esperar de um site que em “pessoas falam o que fazem em 140 caracteres”? Coisa de bobo.

twitterbirdA princípio parece mesmo algo bobo, sem lógica. Porém, com o passar do tempo você acostuma a usar o Twitter. Muitas pessoas famosas, como Ashton Kutcher (@aplusk), Barack Obama (@barackobama) ou alguém mais próximo dos brasileiros, como o técnico do Corinthians, Mano Menezes (@manomenezes), ou Marcelo Tas (@marcelotas). Isso é algo que em redes sociais como o Orkut não acontecia. Algum famoso que criasse um perfil no Orkut preferia manter o anonimato. No Twitter é diferente. Talvez, a própria forma de manifestar, trocar pensamentos seja o atrativo dessas “celebridades”.

O incrível desta ferramenta é a agilidade de informações simultâneas. A facilidade proporcionada pelo Twitter gera um alto índice de notícias, links, comentários. Algo muito bom e praticamente sinônimo da Web 2.0, agilidade. Você tanto pode conversar com alguém, como pode expor pensamentos como se estivesse falando em voz alta, ou até mesmo colocar um link para algo interessante que você achou na Internet e quer divulgar para muitas pessoas.

Falando em links, o serviço de encurtamento de URLs brasileiro tem tido muito sucesso. Além de encurtar o link, também disponibiliza a contagem de cliques. Checando a home do migre.me, você pode descobrir coisas muito interessantes, ou não, pela Internet afora. Um exemplo do endereço encurtado: http://migre.me/Yw5, fotos da gripe suína segundo o Big Picture.

Enfim, qualquer pessoa pode falar onde está, com quem, o que está fazendo. E a distância dessa pessoa até você é apenas um botão de Follow(seguir) no Twitter.

Esta bela ferramenta de troca de mensagens online tem recebido várias ofertas de compra. A última delas foi nada menos que a Apple. Sim, a grande maça demonstrou interesse no Twitter. E várias outras empresas já ofereceram alguns milhares pelo serviço de microblogging, como a Microsoft, Google, Facebook.

Se você se interessou pelo Twitter, segue aqui o link para o tutorial escrito por Juliana Sardinha do Dicas Blogger.

Como usar o Twitter – um guia para iniciantes

E depois pode seguir o blog no endereço http://twitter.com/prolixolaconico.

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

A mentira na condição de existência humana

184822466_8f7a0a2463 Todos devem conhecer a história do lobo e o menino. Pois bem, esse é um exemplo que a maioria das mães demonstra para seus filhos. Sempre fomos intuídos a não mentir e quando pegamos nossos pais mentindo, eles afirmam que a mentira boa vale.

Afinal, existe um contraste em mentira boa ou ruim? Há sempre aquela mentira que usamos para livrar alguém de uma situação embaraçosa. Porém, devemos saber que a História foi escrita, falada, proclamada, contendo muitas mentiras. E estas não eram, na sua maioria, boas. Algumas podendo até mudar o curso de um governo.

Há aqueles que mentem compulsivamente, chegando a ser um transtorno psicológico. Podem mentir para conseguir um “destaque” em algum grupo, ser ornamentado como uma pessoa “gente boa”, engraçada. Nesses casos, pode até não ser um transtorno mental. Quando determinada pessoa não consegue manter amizades, isso pode ser considerado um “mentiroso” compulsivo.

Não há pessoa que nunca mentiu. O tema, mentira, é debatido em até séries de televisão americana. Espontaneamente, uma pessoa pode mentir. Digamos que esta é uma necessidade natural da condição de vida do ser humano.

Existem algumas mentiras que podem acarretar fatos sucessivos, o chamado “efeito dominó”. Um boato pode se espalhar de tal forma que pode haver deformações na história original. Uma pequena mentira pode, facilmente, se tornar uma grande.

No dia-a-dia presenciamos muita mentira quando tratamos de brincadeiras. O ser humano gosta de ver alguém de sua mesma espécie caindo em uma “pegadinha”. Certamente, o plano de fundo dessa brincadeira é uma mentira que contam para alguém acreditar. Quando levado de forma saudável, não há nenhum risco. Porém, se alguém acreditar a mentira deixa de ser algo divertido e passa a ser algo descontrolado, desenfreado.

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Um dia na vida

Em todos os dias úteis era a mesma história. Toda aquela coisa de rotina, cidade grande. Acorda, toma seu banho, bebia alguma coisa rapidamente, e corria para o ponto de ônibus. Pegava seu “busão” para ir trabalhar.

Subia o veículo transportador de um grande número de pessoas (ônibus) com seu Ipod ouvindo Bob Dylan. Imaginando o que aconteceria em sua vida se fosse jovem naquela época. Fantasiava ser hippie, cowboy, ir ao Woodstock e essas coisas que muitos imaginavam sobre épocas transcorridas.301853148_9dfbadd5ef

Descia no seu ponto habitual, comia uma coxinha e bebia um copo de refrigerante na lanchonete da esquina. Pronto para ir ao trabalho, desamassava sua blusa social comprada na liqui dação da Renner e segue rumo ao trabalho.

Tinha sempre aquilo de entregar relatório na mesa do chefe. Pensava o tempo todo enquanto fazia sempre o mesmo trabalho, em como faria algo para sair da empresa e ser seu próprio chefe e ter um negócio revolucionário. Já havia pensado em gerar energia do impacto do carro no asfalto, coisas para diminuir o trabalho humano. Até pensou em como “transmitir” água via Bluetooth ou carregar um notebook por meio da tecnologia wireless.

Pois bem, nosso filósofo revolucionário não produzia nada do eu pensava. Sempre continuou o resto da vida naquela empresa, com o mesmo cargo. E sempre ia embora ouvindo Bob Dylan e continuando imaginando, fantasiando...

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

28IF

luaGeralmente, quando alguém fala algo sobre teoria da conspiração, já acham que o cara é maluco, doido e que já foi abduzido por ET`s. Bem, é mais ou menos isso. Muitas pessoas “viajam” quando vão falar sobre essas coisas. Isso deve ser o porquê da generalização do assunto. Teoria da conspiração e coisa de maluco ou alguém contra americanos e sua expansão imperial.

Digamos que algumas dessas teorias são um pouco plausíveis. Porém, quando misturadas ao sensacionalismo viram coisas absurdas. Alguém pode até estar acreditando que eu estou falando algo conspiratório agora, somente para vocês acreditarem que conspiração é coisa de lunático.

Eu até tendo acreditar em alguma coisa em relação a conspirações governamentais, mas quase cheguei a desistir quando algum indivíduo “esculhamba” com o assunto.

Colocando de lado essa parte das viagens, como por exemplo, Uma raça de lagartos alienígenas mutantes domina a Terra. Algumas podem até ser pensadas. É incrível o poder que essas teorias têm sobre as pessoas. Não sei se é a linguagem, o modo de falar, mas muitos acreditam naquilo e começam a associar a tudo que acontece em suas vidas. No momento, você pode até discordar, porém em um determinado momento a lembrança volta e podemos até parar para pensar sobre isso.AbbeyRoad

Existem aqueles mais espertos que conseguem ganhar dinheiro em cima de alguma conspiração. Os Beatles foram uma grande banda e conseguiram transformar uma brincadeira em uma grande jogada de marketing. A possível morte de Paul McCartney foi discutida por um bom tempo da década de 60. No início era uma brincadeira com o acidente sofrido por Paul. Depois, a “teoria” sobre sua morte foi crescendo e se espalhando pelo mundo. O grupo musical ainda alimentavam essa teoria nas capas de LP`s e ainda colocavam algumas mensagems quando uma pessoa escutava a música ao contrário ouvia. Claro, uma pessoa que tinha ouvido falar dessa teoria. Depois sem querer ao escutar uma mensagem deveria ficar paranóico.

Sendo pretensiosas ou não, devemos colocar a razão antes de ler ou escutar essas teorias. Em outro caso, podemos fazer igual a Bob Fisher, arrancar todos os dentes com medo dos soviéticos terem colocado uma escuta neles.

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

O que você vai ser quando crescer?

É comum entre as crianças de todo o mundo sonharem no que querem se tornar quando crescerem. Algumas querem ser astronautas, bombeiros, médicos, esportistas, etc.

É uma fase gostosa e que deve ser fomentada pelos pais, mas sem imposições e cobranças, apenas incentivos.kichute

Entre os meninos que usam calção e ralam joelhos na rua, arrancam tampas de dedo nos meio-fios da calçada e correm atrás da pelota, de cada 100, 99 querem ser jogadores de futebol.

E é até compreensível. Vivemos no país do futebol. País pobre, diga-se de passagem, onde o sucesso repentino com o esporte é a tábua de salvação para muitos deles e suas famílias. É até difícil ver um jogador de sucesso hoje que tenha nascido em berço de outro.

Eu era um menino que usava calção, ralava o joelho na rua, arrancava tampa de dedão no meio-fio da calçada correndo atrás da pelota. Mas também era aquele 1 em 100 que não queria ser jogador de futebol.

Não foi por falta de incentivo, porque até um ki-chute eu tinha. Quem tem mais de 25 anos com certeza se lembra do ki-chute. Com o solado feito de borracha de pneu de caminhão e lona preta, o tênis era uma sensação entre a garotada.

Mas naquela época eu já tinha outros planos. Por mais estranho que possa parecer eu queria ser cronista esportivo.

Nem tanto pela minha falta de habilidade com a bola (que era evidente), mas talvez pela habilidade com as palavras e as frases soltas na cabeça.

Quando eu jogava futebol na rua e esperava minha vez de entrar ficava analisando, como os cronistas, o posicionamento, a jogada que deveria ter sido feita em profundidade, a linha de impedimento, o jogador que segurava demais a bola...

Tudo isso vinha em mente como num turbilhão. E eu me sentia muito mais realizado pensando naquilo, observando o jogo dos outros e comentando as jogadas do que efetivamente jogando! Até porque jogar eu jogava por insistência, porque talento futebolístico me foi negado pelo Criador.

Não, eu não era do tipo “professor”. Eu não queria inventar táticas, corrigir posicionamento dos atacantes nem ensinar fundamentos aos zagueiros. Tenho aversão aos jogadores de futebol que chamam a seus técnicos de “professor”.

O que eu queria mesmo era ser cronista esportivo. Adorava os comentários do Nelson Rodrigues, especialmente quando ele falava do seu Fluminense e quando evocava Gravatinha e o Sr. Sobrenatural de Almeida.

Sempre fui fã do Mário Filho, o criador de multidões que influenciou na criação de toda áurea que envolve o Fla-Flu e dono do primeiro jornal dedicado exclusivamente aos esportes no Brasil.

Até o Roberto Drummond, ou Druda como um colega o chamava, era excepcional cronista quando ele dava seus pitacos e falava do seu Galo Doido (Atlético-MG).

Mas o tempo passou e eu cresci. Trilhei outros rumos. Não me tornei cronista esportivo.

Não, também não sou frustrado por não ser algo que queria quando era criança. A maioria das crianças quando adultas não seguem a profissão que pensaram nos tempos de antanho. Quantas crianças brasileiras queriam ser astronautas e só o Marcos Pontes (brasileiro que foi ao espaço) conseguiu?

Não sou cronista. Mas por diversão, ainda dou meus pitacos.

Assinado,

Nemo Tenetur

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sexta-feira, 27 de março de 2009

“Você tá ligado?”

 veidtEsta semana, terminei de ler Watchmen. Gostei bastante da história, porém, não irei prolongar em relação a toda história, mas sim, em uma única parte.

Uma parte da história me chamou atenção, o Ozymandias e sua inteligência. Ele era considerado o homem mais inteligente do mundo e em uma das partes do HQ, pede para encher uma parede com vários aparelhos de televisão. Aí, surgiu a pergunta, será que inteligência é ser uma pessoa “antenada”?

Creio que sim, alguém que está ligado no mundo, toda hora vendo, ouvindo notícias, é uma pessoa inteligente.

E a Internet está aí para isto. Todos que a usam têm informações 24 horas por dia, sem pagar nada, e isso não é novidade para ninguém. Antigamente o uso do jornal era muito grande, porém a Internet praticamente substituiu, apesar de alguns ainda gostarem do jornal. De qualquer jeito, são informações. Na Internet as coisas são mais dinâmicas.

Quem sabe as últimas coisas que acontecem, na sua maioria, possuem um bom papo, não ficam excluídos de uma conversa. A não ser que alguém esteja falando da Belle Époque, mas mesmo assim, dá para arriscar alguma coisa.

Coincidência ou não, ontem saiu o BrainSessions do Brainstorm #9, um quadro do Braincast TV. Nesse programa, Rosana Hermann aparece falando sobre agilidade mental (para quem se interessar, o vídeo está abaixo), ou seja, quem está ligado em tudo, é uma “inteligente”. Se você sabe a maioria das coisas que os outros estão falando, últimos acontecimentos e sabe discernir uma boa fonte de uma má, pode se considerar alguém inteligente. Parabéns!

Hoje, o assunto atualidades cai em muitos vestibulares, o próprio ENEM é praticamente sobre isso. Qualquer lado que olhamos existem informações. Não acredito que podemos ficar saturados, basta saber filtrar...

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sexta-feira, 20 de março de 2009

Belo vídeo

O vídeo demonstra como seria um home theater em uma ópera.

Muito interessante!

Link: HOME THEATER NA VIDA REAL!

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quinta-feira, 19 de março de 2009

Nana Neném!

gato Ah! Que bela hora para dormir. Minha mãe estava na roça e meu pai trabalhando. Dormirei a tarde inteira. Há um problema, sem tem algo para me importunar. Desta vez, um gato mia sem parar. Raiva!

Peguei um pedaço modesto de madeira e atirei no gato, porém este não morre. Minha vizinha Chica observava tudo admirada.

Que fique meu pesar de como odeio Festa Junina. Na cidade onde moro toda hora cai um balão, apesar das autoridades já terem avisados sobre os riscos. Por incrível que pareça, a maioria dos balões caem na rua do Sr. João, vai saber...

Boa noite!

***

Notinha, a nova seção do blog…

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domingo, 15 de março de 2009

Operação, o quê?

Dúvidas, muitas nos cercam durante o dia, a semana, o ano…

Algumas são um tanto curiosas, como “porque domingo não tem feira?”. Acredito que muitos já tentaram achar uma resposta plausível para essa questão. Tentei achar o X dessa temível dúvida. Encontrei algo parecido:

Na maioria das línguas os nomes dos dias da semana são bem parecidos. Mas em português o feira foi introduzido pela igreja católica, feira significava dia do trabalho.

Para a igreja sábado e domingo é considerado dia do senhor, e não dia de trabalho, por isso não tem feira, porque feira significava trabalho.

Mas hoje em dia pouco importa a feira, todo dia é dia de trabalho.

Engraçado feira significar trabalho. Geralmente, quem vai à feira não pensa em trabalhar. Apesar de muitos trabquimeraalharem lá.

Bom, mas a dúvida que me intrigava muito era “quem coloca nome nas operações policiais?”. Como alguém conseguia viver sem pensar nisso?

Dando uma olhada no nome das operações policiais, nada especiais, de 2008, você consegue achar nomes bastante curiosos. Um exemplo, Operação Parságada. Consistia pôr fim a um esquema de liberação irregular de verbas do Fundo de Participação dos Municípios. Outros nomes como, Hígia, Pirita, Titanic, Placebo II, X, Quimera (f), Inseminação Artificial e muitas outras que você pode ver no site do Departamento de Polícia Federal.

Agora, será que existe alguém que só coloca nomes em operações. Se existir, quero esse emprego agora. E a primeira operação que eu colocaria o nome seria Operação Perestroika.

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segunda-feira, 9 de março de 2009

Raio-x: Tecnologia

Você conhece muito bem a historia da Internet, surgiu por vias militares e foi evoluindo até hoje.

Há muito tempo o homem tenta prever o futuro. Bom, parece que a empresa AT&T conseguiu tamanha proeza. Olhem no vídeo abaixo coisas que foram previstas na propaganda em 1993 e estão se tornando realidade.

Link vídeo

Como e muito difícil para uma evolução, a não ser que você seja um senhor feudal vivendo à custa de uma Igreja com “medo do conhecimento”, algumas coisas irão mudar dentre alguns anos. Principalmente, a tecnologia que se molda rapidamente.computadores Porém, algo parece impedir este avanço, a inclusão digital. Desenvolvedores de softwares e até sistemas operacionais têm um sério problema. “Devemos elaborar projetos para a população em geral, ou, ajudar na evolução sem se importar com o acesso financeiro e/ou social? Eu escolheria a segunda opção e mostro um exemplo claro e atual, o computador. Este aí que você está lendo o texto. Há alguns anos, computador era sinal de status e evoluíram muito até hoje. Atualmente, muitas casas possuem computador, está muito acessível.formato

Igual disse Carlos Cardoso:

“Convenhamos, qual a última grande novidade em hardware nos notebooks? Leitor de impressão digital, leitor de cartão de memória? Ah sim, um Asus que tem uma porta USB energizada com a máquina desligada, pra carregar iPod. Façam-me o favor…”

E deixem de usar Internet Explorer 6...

Referências:

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quarta-feira, 4 de março de 2009

Outra face da moeda

Antônio era o filho que todo pai queria para si. Educado, inteligente, sempre com uma resposta na pontamoeda da língua. Vinha de uma família pobre que morava em uma favela de sua cidade, parecia até novela das oito.

Eis que certo dia, no auge de seus 16 anos, Antônio chega cabisbaixo em casa. Toda a família estranhara, era sempre um moleque alegre e festivo. Acharam que estava sofrendo de amor. Dava até dó de ver o menino. Parecia que queria contar algo, mas não abria a boca para falar com ninguém. “É o amor” era o que a maioria proferia.

Quase um reconto de Dom Casmurro...

Não sabiam eles que a fase do amor já tinha vindo e ido embora. Sim, caro leitor, o menino tinha engravidado Joana, menina de 15 anos, colega de Antônio no colégio.

O que todos acharam que era um amor passageiro de criança acabou surgindo, realmente, uma criança. A família não sabia o que dizer. Se falasse mal poderia afetar o “comportamento psicológico” do menino, se batesse poderia causar um trauma. Independente do que pensavam, todos tinham que aceitar a situação.

Ao contrario da maioria das meninas grávidas, Antônio continuou na escola. Sorte dele que a avó da Joana sempre esteve muito presente. Ele arcou com a parte que podia para ajudar Joana durante a gravidez. Não, ele não foi um pai ausente que deu dinheiro e sumiu no mundo. Ele sempre esteve com Joana durante as consultas do médico, ajudou arrumar o quarto da criança e mais.

E todo dia depois da aula, Antônio estava brincando e mimando seu querido filho. Claro, não foi o que Antônio e Joana tinham planejado para seus futuros. Porém, aceitar e lidar com a situação foi a maneira mais prática e inteligente de resolver isto.

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domingo, 1 de março de 2009

Show do Milhão Indiano

Acabei de assistir “Quem quer ser um milionário”. Não diria que ele mereceu ganhar o Oscar, porque não assisti seus concorrentes.

É um belo filme, com uma história cativante. qqsumEsta que gira em torno de Jamal desde sua infância até o momento em que decide participar de um programa na televisão. O nome do programa “Quem quer ser um milionário” consiste no jogo de perguntas e respostas, parecido com o “Show do Milhão”. O jovem concorre ao premio de 20 milhões de rúpias.

O garoto vem de uma favela nos subúrbios de Mumbai na Índia. Teve uma infância nada fácil, personagem de conflitos religiosos na região onde mora.

Jamal apresenta um ótimo resultado durante o programa. Chega a ser preso suspeito de trapaça. Como um jovem que vem de uma favela pode ser tão inteligente?

Para responder no programa, um filme literalmente passa na cabeça do garoto.

O dinheiro investido no filme foi baixo, em comparação aos sucessos hollywoodianos. Não há nenhuma celebridade que fez parte do filme. Não seria um grande clássico para ser lembrado durante anos e anos, mas é um bom filme. Desbancando Glória Perez por aí...

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sebastião

Quem matou Sebastião?

Logo de início proponho que o leitor faça uma reflexão sobre um costumeiro bordão brandido pelos indignados: bandido bom é bandido morto?

Em matéria recente do programa Fantástico, da nossa amada quarentona Rede Globo (como sempre falava um antigo professor), foi veiculado o caso de um inocente que pagou por um crime que não cometeu.

O vaqueiro Sebastião Soares Vieira foi preso em casa, na cidade de Luziânia, interior de Goiás, em novembro de 1994 acusador de ter matado seu cunhado para ficar com o dinheiro dele.

Pessoa humilde e de pouca instrução, o vaqueiro não resistiu à prisão e disse aos policiais que sabia eles apenas estavam fazendo o trabalho deles, mas que ele era inocente.

Com a prisão preventiva decretada ele é preso provisoriamente pela prática do crime de latrocínio (matar para roubar) e de ocultação de cadáver.

No tempo em que esteve preso provisoriamente o vaqueiro conta que foi interrogado diversas vezes, com técnicas tradicionais empregadas outrora, desde os tempos da ditadura: a tortura, que consistia em choque, afogamento e tapa toda hora.

No processo de Sebastião foram ouvidas treze testemunhas. E pasmem: nenhuma viu o crime. Contudo, sobreveio a condenação do nosso vaqueiro: 25 anos de prisão em regime fechado.

Depois de 8 anos de reclusão, surge um fato novo. Um matador profissional, também conhecido por pistoleiro, que fora preso por outro assassinato assumiu a autoria do crime que era imputado ao vaqueiro Sebastião, além de vários outros crimes.

Depois de receber esta notícia a colocação do vaqueiro em liberdade ainda demorou algo em torno de 9 meses, segundo seu advogado.

Este fato está longe de ser considerado isolado quando se toma como base o panorama do judiciário brasileiro.

Que sirva de exemplo para ilustrar quando eu digo que prefiro mil vezes ver 10 réu confessos soltos do que 1 provável inocente preso.

Tortura, humilhação, necessidade, fome. Por tudo isso passou o nosso vaqueiro e toda a sua família. E sem razão, pois desde o momento em que fora capturado em sua casa já brandia sua inocência, posteriormente confirmada.

O processo penal ideal, ainda utópico, afirma que se não forem trazidas ao processo todas as provas para sustentar uma condenação extreme de dúvidas, milita em favor do réu a presunção de sua inocência, devendo ser proferida uma sentença que o absolva da acusação. 13 testemunhas que nada viram servem pelo menos para trazer ao processo o “benefício da dúvida” para acusado.

Segundo estimativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) existem no país cerca de 120 mil pessoas presas injustamente. Seja porque já cumpriram a pena ou porque aguardam julgamento e a prisão temporária já expirou ou ainda, porque a Justiça errou.

Contudo, o nível de erro da justiça é inversamente proporcional ao poderio econômico do acusado, que pode se valer de “N” habeas corpus, sejam nos Tribunais de Justiça, no STJ e no STF além dos diversos recursos que comporta a legislação brasileira. O problema é que quando o erro atinge uma pessoa menos abastada, seus parcos recursos financeiros não permitem vôos tão altos e seu provável próximo destino é o xadrez.

Se vocês ainda acham que “bandido bom é bandido morto” e que direitos humanos e garantias fundamentais são coisas de otário, apresento-lhes meu profundo pesar. Todos vocês acabaram de matar Sebastião.

Nemo Tenetur, apenas um colaborador do blog.

Ou seja, esse texto não é de minha autoria.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Que sorte!

 herodotoDesde os tempos da pré-história, muitos tentam estudar a História. Na maioria dos casos, são atos de coragem, humildade e lealdade que cerca esta História.

Algumas suposições foram estudadas a fim de “humanizar” um pouco da História. Aquele herói não é nada diferente. Realmente, segue o ditado, só estava na hora e no lugar certo.

Vou tentar seguir uma ordem cronológica dos fatos.

Na Era das Navegações não acredito que seja puramente sorte que fez ibéricos chegarem na Índia. Digamos que boa parte do conhecimento da época foi utilizado para desbravar mares nunca antes conhecidos pelo homem. Algum tempo depois ingleses soltaram coelhos na Oceania, até hoje este bicho que te alegra na Páscoa é uma praga por lá

Engraçado como na História recente os fatos acontecerem com ajuda da sorte são mais constantes. Talvez seja porque a História recente tem mais registros, não sei.

A vinda da Família Real para o Brasil foi um evento que teve grande ajuda da sorte, ou melhor, azar. Foi uma bagunça geral, correria. Todo mundo louco para deixar o país. Napoleão estava vindo e eles picaram a mula. Engraçado, a figura de rei sempre foi um homem bravo, corajoso e sem medo para defender seu povo. Que nada! Pergunte se D. João fez isso, para não defender um amiguinho e o outro ficar de mal, ele preferiu sair do “colégio”. Um grande rei veio para sua Colônia.

Alguns historiadores afirmam que D. Pedro I estava sofrendo do trato intestinal durante o grito de Independência. Outra imagem de bravura e lealdade ao povo desta nação. Nem derramamento de sangue teve. O Brasil somente oficializou sua independência. Sem guerra, sem mortes.

Na Proclamação da República afirmam alguns que Marechal Deodoro da Fonseca estava de pijama, nas vésperas do evento. O Exército precisava de alguém para novamente oficializar o fato e criar um novo herói e feriado.

Se você acha que é somente no Brasil, continue lendo...

Durante a Primeira Guerra Mundial o assassinato de Francisco Ferdinando foi uma sucessão de erros. Há relatos históricos que afirmam que a primeira tentativa de homicídio durante o desfile foi um erro. O grupo que o queria morto jogou uma bomba debaixo do carro, porém, esta estourou atrás do carro do herdeiro. Pomposo, Ferdinando mesmo depois de uma tentativa de assassinato foi visitar as vítimas no hospital. Por acaso, seu motorista entra em uma rua errada e se depara com um integrante do grupo Camisas Negras. Quando foi da ré, o assassino que estava lanchando no local simplesmente disparou contra o herdeiro do trono Austro-Húngaro. Isso foi o estopim de uma grande guerra mundial.

Também há uma história sobre a Operação Valquíria, tentativa de matar Hitler por integrantes do próprio exército alemão. Por frações de minutos Hitler não morreu pela bomba implantada na sala de reunião. Por sorte, ele tinha acabado de sair. E Hitler mandou matar uma porrada de gente por isso.

Quem sabe até mesmo o Big Bang é sorte...

Referências:

· Nerdcast 148 - Operação Valquíria

· Nerdcast 139 - 1ª Guerra Mundial

· 1808

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Divã: Revolução

Sempre quis saber como as grandes revoluções mudaram o mundo. Incontáveis aulas de História que queria saber mais sobre isso. A Revolução Francesa, por exemplo. Todos falam que seus ideais se espalharam pelo globo.

A única coisa que muda em uma revolução é a forma de pensamento. Não vão ser dez dias que irão abalar o mundorevolucaofrancesa. Quem vive em uma revolução é completamente diferente de quem não vive essa realidade. Quem está de fora acha todo muito bonito e quer pregar isso no mundo todo. Bom, cada um faz o que quer.

O problema acontece quando essa pessoa continua vivendo naquela realidade. A cabeça do indivíduo não consegue pensar outra coisa, uma utopia. A situação já passou, mortes aconteceram. Claro, não deve ser nada fácil dar um restart depois de presenciar tudo o que viu. Mas, ficar o tempo todo sonhando com o que já passou, é bobagem.

Muitos ainda discutem sobre comunismo, capitalismo, ditadura e mais. Foram épocas extremamente importantes na História, mas já passou. Não vai voltar.

Darwin está aí para isso.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Pedro e família

Mania de muitos escreverem como suas famílias são diferentes e virarem best-sellers. Pois bem, a família de Pedro era igual à de muitas outras, mesmo as que se achavam diferentes. Não comiam bacon e ovos pela manhã, mas era muito parecida com as demais.

Toda manhã de sábado, Pedro lavava seu carro e pegava o jornal na calçada de casa. Enquanto isso, as crianças brincavam na grama e esta era mais verde que a do vizinho.familia Na maioria dos domingos havia um grande churrasco que juntava a família toda. E sim, esta família era brasileira

Com o tempo as crianças foram crescendo e as coisas mudaram um pouco. Os pais eram muitos liberais, deixavam os meninos fazerem tudo. Mas sempre aconselhavam eles. Por exemplo: “Não vejam Big Brother Brasil”, isso não presta. Na mesma hora, os pais corriam para o quarto para saber quem sairia no próximo paredão.

O café da manha era sagrado, até mesmo jarra na forma de abacaxi tinha na mesa. Todos se reuniam, alguns com um pequeno mau-humor e se deliciavam no café. Logo após o desjejum, o pai sentava na cadeira e ia ler seu jornal. Os meninos preferiam muito mais a Internet e corriam para o computador. E a mãe sempre reclamava de não ajudarem a tirar a mesa. A rotina da família era essa. As crianças estudaram, se divertiram e nunca houve problemas. Eram apenas normais. Até parecia família de propagande de margarina…

Essa história não tem drama, clímax. Apenas uma família. Hoje, tudo é complicado. Cuidar do filho, saber aonde anda, com quem anda. Mas, a família de Pedro não ligava para aquilo. Afinal, conflitos e brigas eles podiam ver no Big Brother.

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Crônica-Mãe

Madrugada, por volta das três da manhã. Depois de tomar seu banho, senta em sua mesa, pega uma grande xícara de café, um pacote de biscoitos e tenta lembrar-se de seu dia para tentar formar um texto baseado nisto.

Liga o computador, poderia até pegar seu bloco de anotações, mas isso é preferência de cada um. Escolhe ligar seu notebook, sem antes se maravilhar como um computador virou aquele “negocinho” e pode usá-lo sem fio ainda, lembra com saudade do seu 386.

Abre o Word e fica a pensar,janela “eita, inspiração que não chega”, para piorar a situação o sono chega para concorrer. Vira a xícara de café e resolve que de um jeito ou de outro terá de escrever alguma coisa naquele dia.

Sem grandes inspirações, decide tocar seu saxofone. “New York, New York” ecoa pelo seu escritório. Entre tantas, seu olhar recai na janela do cômodo. Pronto! Cá está a inspiração. Que tal fazer algum texto ligado ao sistema operacional Windows. Chega rapidamente ao computador e começa a escrever seu grande texto. Parece que a inspiração fez de tudo para ir embora. O texto não fica bom. Começa a mudar a fonte do texto, a cor, o tamanho. Mas não há Word que resolva.

Cansado, desiludido e principalmente raivoso, acaba por cometer um ato que o pesar de sua consciência não ajudou, joga o grampeador pela bendita janela. Porém no seu ato leviano a inspiração volta rapidamente. Eureca! Eu defenestrei o grampeador. Defenestrar, hm...Palavra bonita, do francês défenestration. Eu defenestro, tu defenestras.

E isto se tornou uma das melhores crônicas, na qual quem vos escreve já leu.

Esse texto foi uma pequena homenagem para Luís Fernando Veríssimo. Se você não conhece a crônica “Defenestração”, clique aqui e seja feliz!

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Barack Hussein Obama

Agora os Estados Unidos contam com o mais pop dos quarenta e três presidentes que já passaram por lá, Barack Hussein Obama. Acredito que muitos queriam que ele ganhasse. Muitos que eu digo somos pessoas que não nasceram nos EUA. A maioria não queria sem saber seus planos de governo, para que? O cara é simpático, dança em programas ao vivo na televisão, persuasivo e fez uma grande campanha.

Falando na campanha, definiria esta como 2.0, parodiando a web 2.0 muito utilizada pelo democrata. A internet foi um grande meio para Barack estar na Sala Oval hoje. Criou-se uma rede social para o candidato, um twitter com mensagens durante a campanha. obama-urbanEle difundiu um meio que ninguém botava muita fé. Inclusive foi erroneamente “censurada” durante a campanha eleitoral brasileira. 

O nono presidente americano usa iPhone, tem um Blackberry e mais...Já havia postado os pôsteres de sua campanha em outro artigo, não custa repetir.(clique na imagem para abrir a galeria). Até em jogos havia outdoor com propaganda da campanha. Vide o site da Casa Branca quando George Bush (você se lembra dele?) tomou posse e quando Obama tornou-se o 44º presidente americano.

Até o momento, Barack Hussein Obma já desativou a prisão de Guantánamo. Sede de tortura do governo Bush e injetou dinheiro em pesquisa com células-tronco em humanos. Não sei se ele vai fazer muita coisa, ou não fará nada. Mas, que o cara sabe ser político, isso ele sabe.

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