Como a mídia se divide
A mídia, entidade que define “algumas” coisas, tem usado uma fórmula para alavancar sucesso rapidamente. Não, ela não digita no Google: como ficar rico acabando com a vida de outra pessoa. A fórmula é algo assim:
1 pessoa normal + 1 grande apresentação = 1 grande loucura + comoção popular.
Ou seja, o sucesso instantâneo de uma celebridade. Isto nós podemos chamar de sensacionalismo.
Um exemplo atual e recorrente é a escocesa Susan Boyle. Todos achavam que ia ser um desastre, mas acabou sendo uma grande apresentação, aflorando em muitos aquele sentimento de superação, típico de filmes americanos. Ela conseguiu comover bastante gente, acabou enlouquecendo, e foi internada.
O interessante é que a mídia cobriu o auge e a decadência de Susan Boyle. Porém, perceba que “a mídia” cobriu quando Susan Boyle foi interna em uma clínica psiquiátrica. Foi reportado que a escocesa foi internada e a mídia culpou-se como a causa de seu enlouquecimento. Ou seja, determinada mídia “enlouqueceu” Susan Boyle, e a própria mídia foi criticada ao ficar o tempo todo atrás da pessoa, tentando tirar fotos e fazer perguntas inapropriadas. Afinal, todos botaram a culpa na “mídia” para “tirarem o seu da reta”.
Outro exemplo é como a “mídia” fala que a mídia está estragando os jogadores de futebol. A expectativa em cima dos rapazes é grande e se o jogador for bem, ele é louvado e na próxima semana estará na Europa. Se o jogador vai mal ele será criticado e chamado de amarelão, pipoqueiro e outros jargões futebolísticos.
Esta fórmula de tentar “montar uma celebridade” está se mostrando altamente lucrativa para empresas, jornais e programas de TV. É tudo algo de momento, um hype. Todos querem assistir, comentar na hora e depois ninguém mais lembra o nome da pessoa. Não importa se a pessoa vai agüentar a pressão, enlouquecer. Se isto acontecer, melhor ainda. Assim, a mídia pode se culpar como causa destes problemas.
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