Quesa! Quesa!
Ainda lembro-me daquela pequena bola de pelos de apenas três meses. Meu tio me entrega aquilo que era para ser um cachorro, só que mais parecia um novelo de lã preto. Totalmente preto até as unhas eram negras. Foi o xodó da casa.
A primeira coisa que todos querem fazer quando ganham um cachorro é colocar um nome no quadrúpede. E lá se vão opções, algumas até poderiam ser consideradas humilhações até para um cachorro.
Entre várias tentativas de nomear o ser, eis que surge Dulady, não me pergunte a origem do nome. Por alguns dias a cachorrinha fica com esse nome. Até que alguém grita “por que não colocar Duquesa, como nome do cachorro?”. E é realmente melhor que Dulady. Feito!
A Duquesa fez um êxodo urbano, vai respirar ares novos. Enfim, foi para roça. Como era o mimo da casa, na fazenda não foi diferente. Montaram casinha, cercado. Posso afirmar que foi a cachorrinha mais bem tratada da região.
Parafraseando minha mãe, foi o “brinquedo” que mais brinquei na vida. Todo final de semana levava uma bolinha diferente para brincar com a Quesa. Abreviatura de seu nome canino. Na roça tudo é na base do grito e gritar “Quesa! Quesa!” era mais rápido e coerente que “Duquesa! Duquesa!”.
Esqueci de mencionar que é uma labradora, quando filhote adorava morder e bagunçar tudo. E até hoje não mudou, é uma eterna criança. Depois de algum tempo, acontece o êxodo rural temporariamente. A Quesão teria de ser castrada, também poderá onze filhotes na média, é dureza! Cirurgia feita, a cachorra chega com uma balde furado na cabeça que a fazia parecer um radar. Tudo isso para não morder os pontos. E o radar ambulante batia em todas as paredes e fazia um grande barulho. O êxodo urbano ocorre novamente e quando chega na roça foi só alegria para brincar com os outros cachorros.
Pois é, o Quesão está aqui até hoje, gorda que nem uma bola. Outro dia eu conto o trabalho que dá para vaciná-la. Outro dia!
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