sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Crônica-Mãe

Madrugada, por volta das três da manhã. Depois de tomar seu banho, senta em sua mesa, pega uma grande xícara de café, um pacote de biscoitos e tenta lembrar-se de seu dia para tentar formar um texto baseado nisto.

Liga o computador, poderia até pegar seu bloco de anotações, mas isso é preferência de cada um. Escolhe ligar seu notebook, sem antes se maravilhar como um computador virou aquele “negocinho” e pode usá-lo sem fio ainda, lembra com saudade do seu 386.

Abre o Word e fica a pensar,janela “eita, inspiração que não chega”, para piorar a situação o sono chega para concorrer. Vira a xícara de café e resolve que de um jeito ou de outro terá de escrever alguma coisa naquele dia.

Sem grandes inspirações, decide tocar seu saxofone. “New York, New York” ecoa pelo seu escritório. Entre tantas, seu olhar recai na janela do cômodo. Pronto! Cá está a inspiração. Que tal fazer algum texto ligado ao sistema operacional Windows. Chega rapidamente ao computador e começa a escrever seu grande texto. Parece que a inspiração fez de tudo para ir embora. O texto não fica bom. Começa a mudar a fonte do texto, a cor, o tamanho. Mas não há Word que resolva.

Cansado, desiludido e principalmente raivoso, acaba por cometer um ato que o pesar de sua consciência não ajudou, joga o grampeador pela bendita janela. Porém no seu ato leviano a inspiração volta rapidamente. Eureca! Eu defenestrei o grampeador. Defenestrar, hm...Palavra bonita, do francês défenestration. Eu defenestro, tu defenestras.

E isto se tornou uma das melhores crônicas, na qual quem vos escreve já leu.

Esse texto foi uma pequena homenagem para Luís Fernando Veríssimo. Se você não conhece a crônica “Defenestração”, clique aqui e seja feliz!

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Barack Hussein Obama

Agora os Estados Unidos contam com o mais pop dos quarenta e três presidentes que já passaram por lá, Barack Hussein Obama. Acredito que muitos queriam que ele ganhasse. Muitos que eu digo somos pessoas que não nasceram nos EUA. A maioria não queria sem saber seus planos de governo, para que? O cara é simpático, dança em programas ao vivo na televisão, persuasivo e fez uma grande campanha.

Falando na campanha, definiria esta como 2.0, parodiando a web 2.0 muito utilizada pelo democrata. A internet foi um grande meio para Barack estar na Sala Oval hoje. Criou-se uma rede social para o candidato, um twitter com mensagens durante a campanha. obama-urbanEle difundiu um meio que ninguém botava muita fé. Inclusive foi erroneamente “censurada” durante a campanha eleitoral brasileira. 

O nono presidente americano usa iPhone, tem um Blackberry e mais...Já havia postado os pôsteres de sua campanha em outro artigo, não custa repetir.(clique na imagem para abrir a galeria). Até em jogos havia outdoor com propaganda da campanha. Vide o site da Casa Branca quando George Bush (você se lembra dele?) tomou posse e quando Obama tornou-se o 44º presidente americano.

Até o momento, Barack Hussein Obma já desativou a prisão de Guantánamo. Sede de tortura do governo Bush e injetou dinheiro em pesquisa com células-tronco em humanos. Não sei se ele vai fazer muita coisa, ou não fará nada. Mas, que o cara sabe ser político, isso ele sabe.

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Tecnologia e sua constante renovação

rebotevolution

Pare e pense. Em dez anos muita coisa mudou. Não preciso nem citar exemplos. Principalmente na área tecnológica. A tecnologia chegou com passos largos no século XXI. Chega a ser uma característica dela e não um defeito, a constante renovação. A velocidade na qual as coisas evoluem é muito rápida, na maioria, chega a ser inacessível para a maioria das pessoas. Ficamos tão perdidos, que podemos nos sentir um pouco Kaspar Hausser.

Falei que não iria citar exemplos, desfaço essa opção e vamos embora. No caso do avião que pousou no rio Houston em Nova York. A quantidade de informação a cada minuto foi incrível. Grandes portais, como o UOL estava disponibilizando a opção de mandar fotos e vídeos para o site. Interação passou a ser a palavra-chave dos últimos tempos, um dos conceitos da Web 2.0. A Rede Globo vem tentando expandir seu conteúdo pela Internet, como o “live stream” de sua nova novela e do Big Brother. No Fantástico, internautas mandam vídeos durante o programa que vão ao ar.

Com essa correria tecnológica, abriu espaço para grandes concorrentes. Já ouvimosimacs muito falar sobre Microsoft, Apple. Inclusive, tenta-se esconder o estado de saúde do CEO da Apple, Steve Jobs. Tudo por causa da concorrência. E muita boa coisa pode vir com ela. A necessidade de revolução, o mercado não para. É preciso toda hora estar inovando e descobrindo novos caminhos. Geralmente, quem persiste no “modelo antigo” acaba ficando ultrapassado. Claro, isto não se aplica somente à tecnologia. Na verdade, a necessidade de evoluir vem desde os primórdios, Darwin poderá explicar isso melhor.

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

The Nerds Way of Life

Oito horas da manhã, o alarme toca. Ele acorda, simplesmente, pega a arminha e começa a atirar no alvo para silenciar o despertador. Desliga o ventilador da cama. Vai ao banheiro, lava a cara, escova os dentes. Recolhe a cortina do Box, com a tabela periódica inscrita e vai tomar seu banho. Passa seu xampu do Darth Vader e o condicionador do Luke Skywalker. tbbtHora de se vestir, entretanto, surgi uma grande dúvida. Camiseta do The Flash ou da molécula de cafeína. Hm, grande paradoxo... Opta pela molécula de cafeína, porém depois de várias hipóteses sobre o tecido relacionado com a umidade relativa do ar e seu preparo psicológico para usar tal camiseta.

Vai tomar café, outra dúvida, qual cereal escolher. Nada muito difícil para uma das maiores mentes cientificas do século XXI. Tudo fica mais fácil, quando se começa a separar os cereais pelas quantidades de fibras. Depois ingerir agrados alimentícios, vai até o computador para mudar o status do Facebook. Quando chega ao computador, não deixa de olhar seu vaso. Pega seu canivete suíço nerd e transfere seu ultimo trabalho do terceiro PhD de sua pequena vida, apenas vinte anos.

Outra dúvida cruel em sua vida nerd, Xbox 360, PlayStation 3 ou Nintendo Wii. Depois de  discutir as configurações de cada console (coisa que faz todo dia), escolhe por jogar Guitar Hero no Xbox. Nunca se sentiu tanto um astro de “rock and roll”.

Resolve ir caminhar, baixa um “podcast” do Stephen Hawking para seu Ipod e vai caminhar. Chega a casa e escuta o Iphone tocar, seus amigos convidando-o para um jogo de RPG. Começa com tremeliques e consegue recusar. Não consegue acreditar, era a primeira vez que tinha recusado jogar RPG em sua vida. Nem quando esteve no hospital por envenenamento radioativo conseguiu recusar. Porém, recusou jogar porque o final do livro Senhor dos Anéis estava completamente emocionante. Mesmo sendo a nona vez que o lia.

Hora de ir para a faculdade. Não pense que irá para aprender e sim tentar transmitir um por cento de sua capacidade intelectual para pessoas, Oh! Dear Lord. Chega a casa e fica olhando para a primeira edição de Batman, devidamente segura, em um vidro à prova de balas. Depois, vai estudar um pouco sobre a Língua Klingon e élfica. Vai até o banheiro, com um PSP, é claro...

Cansado, chega ao quarto, coloca o pijama e deita na cama. Liga o holofote com o símbolo do Batman e o que mais iria fazer? Assistir Star Trek, oras. Mas, outra dúvida, Star Trek ou Star Wars...Lá se vai uma teoria que o obriga a ficar acordado a noite toda.

Tenn' enomentielva

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Escrevi um post parecido, Casa do Horror High-Tech. Olhem lá!

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Nostálgicos contos familiares

Passei o final de 2008 com minha família e escutei muitas histórias contadas pelos meus tios, sobre suas infâncias. Histórias engraçadas, sacanas, tristes, nostálgicas. Vou retratar um pouco delas aqui...

Primeiro uma retrospectiva. Minha avó teve oito filhos, quatro meninos e meninas, que cresceram no município de Brumado no centro-sul da Bahia. As condições de vida não eram as melhores, mas nada impedia algumas boas histórias.

Um causo que achei interessante, meu pai relatando que ele e meus tios arquitetaram um plano para queimar a palmatória que minha avó usava e posso dizer “missão cumprida”, só não pergunte as conseqüências.

Tinha outro que meu tio economizava o dinheiro do trabalho ao longo de seis meses para comprar bombinha para estourar no São João. Meus outros tios contam isso e acrescentaram com um ar nostálgico “somente ele soltava bombinhas no São João”. E, além disso, escondia as ditas cujas em uma caixinha debaixo do telhado. Um primo meu interrompeu a narrativa e perguntou “mas, o que aconteceria se chovesse e molhasse as bombinhas?”. Simples nada, lá não chovia.

Minhas tias levavam o almoço de meu avô em um pote de margarina Claybom. No recipiente continha um ovo, vclaybonulgo “zoiudo” na época, e o resto de farofa. Acredite, meu avô ainda repartia aquela comida com os filhos.

Em meados da década de sessenta, o mesmo tio que comprava as bombinhas de São João, foi cortar cabelo. Chegando a barbearia ele disse “quero o cabelo igual ao dos Beatles”, chegando a casa meu avô disse para voltar direto para a barbearia e mudar o corte. O estilo do corte podia até ser normal na época, mas completamente incomum na região onde viviam. Eles moravam em um distrito da cidade, Pedra Preta. Lá se encontra a terceira maior mina de Magnesita do mundo.

Falaram até sobre a ditadura, o que escutam. Porém, pouco se sabia sobre o que estava acontecendo, a falta de informações era muito grande. Porém, certo tio contou que quando vendia jornal, a manchete da posse do Médici foi uma das mais vendidas. Esse mesmo tio relatou que não tinha calças do seu número, então preenchia os espaços vagos com livros de faroeste. Ele ia descendo a rua lendo esses livros.

Um tio e tia estavam voltando do trabalho de meu avô. Estavam levando um mamão para a casa e durante o percurso o mamão cai entre os ferros do mata-burro e minha tia se abaixa para pegá-lo. Entretanto, sua cabeça fica presa entre os ferros. Meu avô pega uma vara e consegue tirar o mamão. Mais ninguém sabe como minha tia saiu daquele lugar.

Estas foram algumas histórias que escutei nos dias em que estive com minha família, nada mais justo que dedicar esse post a eles.

Hoje, estão todos razoavelmente bem em questões financeiras e prontos para contar mais histórias.

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domingo, 4 de janeiro de 2009

Quesa! Quesa!

Ainda lembro-me daquela pequena bola de pelos de apenas três meses. Meu tio me entrega aquilo que era para ser um cachorro, só que mais parecia um novelo de lã preto. Totalmente preto até as unhas eram negras. Foi o xodó da casa.

A primeira coisa que todos querem fazer quando ganham um cachorro é colocar um nome no quadrúpede. E lá se vão opções, algumas até poderiam ser consideradas humilhações até para um cachorro.

Entre várias tentativas de nomear o ser, eis que surge Dulady, não me pergunte a origem do nome. Por alguns dias a cachorrinha fica com esse nome. Até que alguém grita “por que não colocar Duquesa, como nome do cachorro?”. E é realmente melhor que Dulady. Feito!

A Duquesa fez um êxodo urbano, vai respirar ares novos. Enfim, foi para roça. Como era o mimo da casa, na fazenda não foi diferente. Montaram casinha, cercado. Posso afirmar que foi a cachorrinha mais bem tratada da região.

Parafraseando minha mãe, foi o “brinquedo” que mais brinquei na vida. Todo final de semana levava uma bolinha diferente para brincar com a Quesa. Abreviatura de seu nome canino. Na roça tudo é na base do grito e gritar “Quesa! Quesa!” era mais rápido e coerente que “Duquesa! Duquesa!”.

Esqueci de mencionar que é uma labradora, quando filhote adorava morder e bagunçar tudo. E até hoje não mudou, é uma eterna criança. Depois de algum tempo, acontece o êxodo rural temporariamente. A Quesão teria de ser castrada, também poderá onze filhotes na média, é dureza! Cirurgia feita, a cachorra chega com uma balde furado na cabeça que a fazia parecer um radar. Tudo isso para não morder os pontos. E o radar ambulante batia em todas as paredes e fazia um grande barulho. O êxodo urbano ocorre novamente e quando chega na roça foi só alegria para brincar com os outros cachorros.

Pois é, o Quesão está aqui até hoje, gorda que nem uma bola. Outro dia eu conto o trabalho que dá para vaciná-la. Outro dia!

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Reforma ortográfica: o que mudou?

gramatica Começo de ano e já entrou em prática a nova reforma ortográfica. Se você está perdido, leia o texto abaixo e entenderá alguma coisa.

Eu apoio a reforma ortográfica, mas haverá algumas consequências na Língua Portuguesa. Um exemplo, o Word vai ficar autocorrigindo com frequência a maioria das palavras e eu estou com preguiça de mudá-las.

O objetivo do acordo ortográfico é unificar a língua portuguesa, uma ótima ideia dos governos. Eles creem que a nova regra pode trazer benefícios para todos. Superinteressante, mas subumano. Não se pode mexer na infraestrutura da língua assim (apesar de contar com o meu apoio, não se esqueça disso). Complica! Temos de nos tornar super-homens, ou aprender kung fu.

Pode até ser para unificar, mas ficou uma feiura!

Uma dúvida, alguém entende: “Joguei pelo pelo sofá”?!

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