Crônica-Mãe
Madrugada, por volta das três da manhã. Depois de tomar seu banho, senta em sua mesa, pega uma grande xícara de café, um pacote de biscoitos e tenta lembrar-se de seu dia para tentar formar um texto baseado nisto.
Liga o computador, poderia até pegar seu bloco de anotações, mas isso é preferência de cada um. Escolhe ligar seu notebook, sem antes se maravilhar como um computador virou aquele “negocinho” e pode usá-lo sem fio ainda, lembra com saudade do seu 386.
Abre o Word e fica a pensar, “eita, inspiração que não chega”, para piorar a situação o sono chega para concorrer. Vira a xícara de café e resolve que de um jeito ou de outro terá de escrever alguma coisa naquele dia.
Sem grandes inspirações, decide tocar seu saxofone. “New York, New York” ecoa pelo seu escritório. Entre tantas, seu olhar recai na janela do cômodo. Pronto! Cá está a inspiração. Que tal fazer algum texto ligado ao sistema operacional Windows. Chega rapidamente ao computador e começa a escrever seu grande texto. Parece que a inspiração fez de tudo para ir embora. O texto não fica bom. Começa a mudar a fonte do texto, a cor, o tamanho. Mas não há Word que resolva.
Cansado, desiludido e principalmente raivoso, acaba por cometer um ato que o pesar de sua consciência não ajudou, joga o grampeador pela bendita janela. Porém no seu ato leviano a inspiração volta rapidamente. Eureca! Eu defenestrei o grampeador. Defenestrar, hm...Palavra bonita, do francês défenestration. Eu defenestro, tu defenestras.
E isto se tornou uma das melhores crônicas, na qual quem vos escreve já leu.
Esse texto foi uma pequena homenagem para Luís Fernando Veríssimo. Se você não conhece a crônica “Defenestração”, clique aqui e seja feliz!
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