quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Reivindiquem suas meias!

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Os jovens universitários sabem do que eu falo: universitário é quebrado! Quebrado no sentido financeiro, claro. É época de contar moedinha pra tomar uma cerveja e ir a algum evento festivo.

Os universitários optam por continuar seus estudos em nível superior (existe o fundamental, o médio e o superior) e postergam, na maioria das vezes, sua entrada no mercado de trabalho. Por esta razão é que se criou a “meia-entrada”, destinada aos estudantes para que possam desfrutar do direito assegurado de acesso à cultura, esporte diversão e lazer.

A Medida Provisória n° 2208/2001, anterior à Emenda Constitucional 32 (ou seja, ainda está valendo), definiu parâmetros para a comprovação da qualidade de estudante, que passou a ser feita por qualquer documento emitido por estabelecimento de ensino ou associação estudantil, ou ainda, desde que se prove que se trata de menor de 18 anos de idade. A maioria dos estados também têm leis que garantem a meia entrada aos estudantes. Exemplo: Minas Gerais tem a Lei Estadual 11.052 de 24 de março de 1993.

Mas este direito tem sido sonegado a estudantes de diversas cidades.

Um dos principais problemas dos estudantes é que os estabelecimentos tem exigido a apresentação de comprovante de matrícula ou de histórico escolar, o que não tem respaldo legal e é uma atitude abusiva.

Esta atitude dos proprietários dos estabelecimentos ocorre porque se disseminou a prática de conceder carteira de estudante para quem não é estudante, o que burla os objetivos da prerrogativa concedida aos estudantes. Tomando por exemplo um show de música: o custo da produção deste é um valor fixo, que não se altera se há mais ou menos espectadores (na maioria das vezes). Mas se um sem número de “falsos” estudantes munidos de carteira comprarem ingresso, o produtor do espetáculo certamente perceberá o prejuízo.

Contra-atacando, os promotores de eventos vem realizando várias práticas que devem ser combatidas: imprimir ingressos sem preço; colocar o valor da meia-entrada equiparado com o valor da inteira; limitar o número de ingressos de meia-entrada, etc.

Sugestões surgem para todos os gostos: criar um cadastro único de estudantes, e monopolizar a emissão das carteiras, que seriam feitas pela Casa da Moeda, atrelar a condição de estudante à idade de 24 anos, etc.

O que deve haver mesmo é a fiscalização, seja por parte dos órgãos de defesa do consumidor ou outros incumbidos de fiscalizar a emissão de carteiras e pelos próprios estudantes, que devem denunciar os estabelecimentos que não seguem a lei mas devem denunciar também aqueles que fazem uso da prerrogativa de estudante sem o ser. Só o uso consciente deste direito é que poderá permitir que ele continue a existir.

O direito à meia-entrada também vale para os idosos! O Estatuto do Idoso (Lei 10.731/03) garante aos maiores de sessenta anos o pagamento de metade do valor da entrada nos eventos culturais, esportivos e de lazer.

P.S.: Dica ao estudante: imprima a MP2208 e a Lei de seu Estado que garanta a meia entrada. Se seu direito não for respeitado, chame o PROCON ou até mesmo a polícia (eu já fiz isso, funcionou). Só não vale ficar parado!

Nemo Tenetur

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sábado, 29 de agosto de 2009

Minha história pela blogosfera

db Quando entrei na blogosfera em quartorze de agosto de ano passado, não sabia realmente como um blog era feito. Não tinha a mínima noção do que Blogger, Wordpress. Comecei “catando” pesquisas no Google, queria fazer coisas a mais do que o Blogger, plataforma que eu uso, poderia me oferecer. Como a grande maioria que caí em blogs sobre tutoriais e afins, já comecei perguntando coisas que não faziam o menor sentido. Eu era aquele cara chato que queria ser respondido a qualquer custo.

Depois, descobri que quando fazia pesquisas no Google eu sempre chegava aos mesmos sites. Deveria ter um motivo para isso, eles serviam para ajudar as pessoas que como eu. Quem não conhecia nada sobre blogs, templates, hacks. Foi então que descobri o Feed e percebi que poderia ler periodicamente estes blogs. O blog que mais me ajudou foi o “Dicas Blogger”, da @julianasardinha.

Como passei a ler os blogs com mais freqüência, descobri que eu era um chato para os donos do blog. Coloquei-me na posição deles, eu não responderia a nenhum comentário que um chato fazia sem o mínimo de bom senso. Esses metablogs me ajudaram a criar o blog, o template, os widgets, mas o mais importante: mudar a minha cabeça sobre blogosfera e principalmente ética na Internet.

Esses blogueiros não são obrigados a responder nossas perguntas. Eles já fazem muito mais do que isso, tentam ajudar a todos os níveis de pessoas. Sejam elas, iniciantes ou experientes.

O blog que citei anteriormente irá fazer dois anos de existência na próxima semana. É considerado um manual online sobre Blogger e Internet. Um texto em cada blog é pouco para o que devemos a eles. Todos conseguiram mudar uma plataforma limitada, como o Blogger, para uma muito melhor e estão conseguindo mudar a blogosfera.

Quando vejo que muitas pessoas roubam os artigos desses blogs me dá muito raiva. Afinal, a pessoa gasta seu tempo ajudando a todos e ainda alguém tem coragem de copiar todo o conteúdo.

Deve ser muito chato lidar com perguntas fora de hora, com pessoas achando que estes blogueiros são obrigados a lhes responder, com plágio. Porém, deve ser de uma imensa gratificação quando estes donos de blog olham em um site e veem que o template que está lá foi feito por eles e perceber que ajudaram a mudar muita coisa não somente sobre Blogger, mas sobre a blogosfera em geral.

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Você se lembra daquele…

hype hypehype

A maioria das pessoas gosta muito de um hype. Porém, essa regra é muito comum entre nós, brasileiros. Gostamos de estar por dentro dos assuntos mais discutidos. Se todo mundo falar sobre novela, é meu dever cívico assisti-la e depois decorar todas as frases engraçadinhas e repeti-las durante a próxima semana inteira.

No final de um acontecimento que é considerado um absurdo para os olhos da sociedade, todos se revoltam e vão ao enterro da vítima ou saem às ruas para caçar os assassinos. Uma comoção social mútua e, quando se fala em muita gente no Brasil, pode-se saber que vai até presidente de time de futebol tentar salvar o dia.

Depois do dever cívico, que falei lá em cima, ser cumprido, todos vão discutir o assunto à exaustão, quando muitas vezes as pessoas “pagam” de entendidos sobre o assunto. Existem muitos controladores de vôo, policiais do GATE e psicólogos no Brasil. Talvez essas pessoas não tenham tido chance na vida, ou não foram incentivadas. Deve ser isso. Sem contar os inúmeros técnicos de futebol.

Como todo bom hype, esquecemos de tudo o que aconteceu. Ninguém mais comenta sobre aquele acontecimento que era considerado trágico na semana passada. Vide o sensacionalismo causado por vários acontecimentos “famosos”, que sempre passavam no Fantástico narrados pela voz de Zeca Camargo, este com uma cara de indignação. Na época é um alvoroço, depois ninguém se lembra do nome diferente daquela menina.

Contudo, é só sair um filme sobre o causo para que o assunto volte a ser discutido a esmo por todos.

Alguém aí acha que este caso do Sarney vai ser diferente?

motivacional

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domingo, 16 de agosto de 2009

Nua e crua

carrocasa Vou tentar ser o mais didático possível...

Rogério era um homem com seus quarenta anos, bochechas rosadas e com alto teor de tecido adiposo mal-distribuído. Morava em um apartamento num bairro residencial de uma cidade bem desenvolvida. Tinha um belo casamento e dois filhos, frutos do casório. Adorava lavar seu carro nas manhãs de sábado e fazer um grande almoço aos domingos. Sempre contava histórias que seriam engraçadas, se já não fossem repetitivas.

Gostava muito de sua rotina “The Sims”. Trabalhava em uma corporação e ganhava suficientemente bem. Era amigo de todos e toda quarta-feira saía para jogar bolas com os amigos. Considerava-se um cara totalmente normal.

Eis então que o Sr. Rogério resolve sair do aluguel e dar um grande passo na vida de uma pessoa digna de pertencer à classe média: resolve comprar seu apartamento próprio. Economizar? Juntar dinheiro? Não havia necessidade, hoje os bancos fazem empréstimos, financiam, tudo muito fácil.

O quarentão Rogério poderia comprar uma casa sem sofrer para economizar, poderia continuar almoçando aos sábados na churrascaria e levando as crianças nas quintas ao boliche do shopping e depois pagar uma rodada de sorvete para todos os amigos dos seus filhos no Mc Donald’s. Não precisaria fazer esforço algum para esta aquisição.

Na outra semana, Rogério já estava na casa, todo feliz, sorrindo com suas bochechas rosadas e assistindo golfe na televisão.

Porém seu Rogério contraiu uma dívida e dificilmente irá quitá-la. Bancos não são mocinhos de filme de faroeste. Eles cobram juros muitos pesados. Com estes juros o banco alimenta a poupança dos ricos (sem trocadilhos, espertinho). Ou seja, a classe média é quem paga aos ricos. De certo ponto de vista, nós trabalhamos para os ricos e ainda temos que pagá-los. Indiretamente, mas temos.

Para mais informações, acesse este vídeo: http://dotsub.com/view/a34fba0d-4016-4807-b255-021b58dbc9a4

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sábado, 15 de agosto de 2009

A cabeça de Tarantino

quentintarantino

De todos os filmes de Tarantino que assisti, gostei muito de todos. Muita violência e diálogos marcantes edificam os filmes do diretor americano. Outro ponto é o roteiro que na maioria das vezes é escrito pelo próprio diretor, que também atua. A principal característica dos roteiros é a forma não-linear, ou não-cronológica, como você preferir. Geralmente o filme começa já com o final, pode parecer um pouco maluco. Porém, o filme te força a sair do cinema e repensar tudo que viu e encaixar as cenas para montar uma história coerente.

Estava navegando pela Internet há alguns dias e descobri um curta-metragem brasileiro, com Selton Mello e Seu Jorge discutindo o que eles chamavam de “O Código de Tarantino”. Segundo Selton Mello, os filmes do diretor de Teenesse estão interligados, como se todos passassem em um mesmo mundo. Uma história cronológica (haham), colocando em prova que todos os filmes são uma continuação. O vídeo é muito bom e Selton Mello vai explicando e mostrando as cenas, enquanto discute com Seu Jorge.

Tarantino trabalhou um tempo em uma locadora, portanto, viu muitos filmes e absorveu muitas coisas destes. A maioria era aqueles que nenhuma pessoa alugava, antigos, orientais, algo que muitos já consideravam ultrapassados. Podemos ver muito desses filmes nos próprios filmes do diretor. Quentin Tarantino fez seus filmes à sua maneira, porém, ele não seria o que é sem os filmes que o inspiraram. O próprio diretor já fez este comentário. O Kill Bill é um grande exemplo da absorção de Tarantino. É uma homenagem aos filmes orientais, feito do jeito de Tarantino.

Inclusive, acho que o próprio diretor é quem edita seus próprios filmes. É tanta “coisinha” que pensamos: isso foi Tarantino que fez, não pode ser outra pessoas, é uma tomada da câmera, ou um “easter egg” que percebemos que me faz pensar que foi Tarantino que fez.

Em outubro deste ano vai ser o lançamento, aqui no Brasil, do novo de filme de Tarantino, que demorou bastante tempo para ser feito. O filme é sobre a segunda guerra mundial, mas com uma visão diferente, algo que ninguém nunca tinha pensado antes. Será estrelado por Brad Pitt (quem sabe agora ele ganha o Oscar de melhor ator). O longa metragem irá se chamar “Inglourious Bastards”. Segue abaixo o trailer legendado do filme.

Se você não aguenta mais esperar pelo lançamento do filme, pode ver este vídeo no blog Pois Bem, no post com o título de “Este post não é sobre “The Tarantino Mixtape”” e você irá matar a saudade com várias cenas dos filmes que Tarantino já fez. O vídeo é muito bem feito e a edição é perfeita, cada cena se assemelha com o som de fundo. Sem contar que conseguimos lembrar muito dos filmes Tarantino. Acho que a maioria dos filmes do diretor está neste vídeo.

The Tarantino Mixtape from Eclectic Method on Vimeo.

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