quarta-feira, 29 de julho de 2009

Médicos não são mágicos

medicos A médica Ana Murai foi presa na madrugada desta quarta-feira, 29 de julho de 2009, no Rio de Janeiro. Ela foi levada à delegacia não por errar o local da injeção de Botox em uma perua, ou mesmo por trocar alguns órgãos durante uma cirurgia. A média foi presa pelo simples motivo de descumprir uma ordem judicial que previa a internação de Maria Elza da Silva Aquino que estava tendo problemas cardíacos.

Até essa parte do texto, você deve estar pensando: é apenas uma médica preguiçosa e por pura má vontade não quis internar a paciente. Porém, este não foi o caso. Ana Murai descumpriu a decisão judiciária, porque não havia mais leitos vagos no hospital. Tomando por base a geniosa mente do juiz André Nicolitt ela deveria ser presa por desobedecer a uma ordem judicial. Afinal, ele queria que ela fizesse o quê? Deixar um paciente morrer bem rápido para desocupar o leito para Maria Elza? Olhe as palavras da própria médica:

"Eu cumpri três mandados judiciais ontem e não cumpri o dela não porque não quis, mas porque eu não pude cumprir, eu não tinha leito disponível para esta paciente. O caso específico dela precisava de unidade coronariana, não podia transferir para um leito que não era adequado para ela. Não pude explicar para o juiz antes de me prender"

No meio de um surto de gripe suína, uma médica é levada presa, abandonando assim seu plantão do dia, pela simples causa de fazer o que é certo?

Isso desanima muito. Um hospital cheio e uma médica ir presa por não ter leito. Além de tudo, a culpa de não ter leito, afinal, é totalmente da médica. O governo “adora” dar leitos para hospitais, a culpa é toda dos médicos em não ter nenhum vago? Talvez eles sejam muito egoístas, ou estão participando de uma conspiração da CIA para não dar leitos para ninguém. Só pode ser isto...

Quando um hospital é mostrado com leitos nos corredores, todos acham um absurdo, o hospital não deve ter recursos suficientes. Entretanto, quando alguém não interna um determinado paciente e ainda acham que a médica estava com má vontade? Talvez devessem jogar o paciente em qualquer lugar do corredor do hospital, assim estariam “obedecendo à justiça”.

Fonte da notícia: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u602071.shtml

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Orkutização da informação, ão, ão, ão

bagnewspaperA Internet tem se mostrado uma ótima forma de disseminação de informações, sejam elas relevantes ou não. Como é um território livre e é constantemente atualizado, podemos “lançar” uma notícia sendo real ou apenas um boato não confirmado, ou até mesmo inventado. A enxurrada de notícias chega a assustar. A informação está se tornando algo que qualquer um pode fazer, ficando mais de cunho popular. Deixou de ser a muito tempo monopolizada por veículos tradicionais da mídia.

 

Com certeza temos sites de fontes confiáveis, aos quais damos total credibilidade quanto o assunto é notícia. Porém já existem alguns onde o leitor faz a notícia. Seria como uma Wikipedia. Temos o OhmyNews como exemplo, um site em que o leitor faz a notícia, segundo o slogan deles.

A morte de Michael Jackson ressaltou uma questão sobre relevância. O Twitter pipocando mensagens sobre a morte do rei do pop. Contudo, a maioria ainda estava com o pé um pouco atrás em relação à veracidade da notícia. A maioria dos portais de notícias já havia reportado a morte de MJ, mas a CNN ainda não tinha publicado algo em relação ao falecimento do cantor. Aí é que entra a credibilidade. Como a CNN é um veículo de informações bastante relevante, depois de ter colocado no site, todos acreditaram mesmo na morte de Michael Jackson. Muitos já haviam feito homenagens, porém não era certeza. Ficou um clima: será que ele morreu? Mas a CNN não confirmou nada.

Você pode até achar que a CNN se atrasou para publicar a notícia. Entretanto, a credibilidade foi levada em conta. A Internet é extremamente eficaz para espalhar notícias. Com o assunto sobre a morte de Michael Jackson foi um alvoroço, foi o único assunto em que todos falavam.

O Twitter é um grande aglomerado de notícias, e estas são atualizadas cada vez mais rápido, devido a eficiência que a rede social propõe. São reportadas novidades rapidamente, e qualquer um pode ver. O sistema de busca do site possibilita que internauta saiba o que está acontecendo na hora. Inclusive, este é o subtítulo do “search” do Twitter: “See what's happening — right now”. A qualquer momento você pode ler a opinião de diversas pessoas sobre qualquer assunto. Esta é mais uma diversificação da notícia. A pessoa não só pode ler uma reportagem, como também pode ficar sabendo o que outras pessoas estão pensando.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como a mídia se divide

susan-boyle-b_2A mídia, entidade que define “algumas” coisas, tem usado uma fórmula para alavancar sucesso rapidamente. Não, ela não digita no Google: como ficar rico acabando com a vida de outra pessoa. A fórmula é algo assim:

1 pessoa normal + 1 grande apresentação = 1 grande loucura + comoção popular.

Ou seja, o sucesso instantâneo de uma celebridade. Isto nós podemos chamar de sensacionalismo.

Um exemplo atual e recorrente é a escocesa Susan Boyle. Todos achavam que ia ser um desastre, mas acabou sendo uma grande apresentação, aflorando em muitos aquele sentimento de superação, típico de filmes americanos. Ela conseguiu comover bastante gente, acabou enlouquecendo, e foi internada.

O interessante é que a mídia cobriu o auge e a decadência de Susan Boyle. Porém, perceba que “a mídia” cobriu quando Susan Boyle foi interna em uma clínica psiquiátrica. Foi reportado que a escocesa foi internada e a mídia culpou-se como a causa de seu enlouquecimento. Ou seja, determinada mídia “enlouqueceu” Susan Boyle, e a própria mídia foi criticada ao ficar o tempo todo atrás da pessoa, tentando tirar fotos e fazer perguntas inapropriadas. Afinal, todos botaram a culpa na “mídia” para “tirarem o seu da reta”.

Outro exemplo é como a “mídia” fala que a mídia está estragando os jogadores de futebol. A expectativa em cima dos rapazes é grande e se o jogador for bem, ele é louvado e na próxima semana estará na Europa. Se o jogador vai mal ele será criticado e chamado de amarelão, pipoqueiro e outros jargões futebolísticos.

Esta fórmula de tentar “montar uma celebridade” está se mostrando altamente lucrativa para empresas, jornais e programas de TV. É tudo algo de momento, um hype. Todos querem assistir, comentar na hora e depois ninguém mais lembra o nome da pessoa. Não importa se a pessoa vai agüentar a pressão, enlouquecer. Se isto acontecer, melhor ainda. Assim, a mídia pode se culpar como causa destes problemas.

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cultura Pop

cubomagico A cultura pop representa atualmente um “movimento” culto, porém, longe do tradicional Classicismo. Engloba uma série de coisas: cinema, música, comida.

Um grupo conhecido que faz parte desta cultura são os nerds. Alguns exemplos de gostos nerds: Star Wars, Senhor dos Anéis,  e principalmente, os quadrinhos. Nesta última área Alan Moore é um grande ícone. É autor de uma obra-prima dos quadrinhos, “Watchmen”.

Na música o nome faz jus ao pop, literalmente. Bandas ou cantores famosos que agregam o gosto popular e são rotulados como pop encaixam nesta categoria.

O cinema é um importante difusor desta cultura. O principal representante é Quentin Tarantino. O diretor de “Pulp Fiction” traz o crime para o cotidiano, longe do romantismo dos filmes de máfia, como os dirigidos por Scorcese e Coppola. É considerado um marco nos anos 90. Muito sangue e violência caracterizam os filmes de Tarantino. Vários atores “pop” como John Travolta, Bruce Willis, Samuel L. Jackson atuaram em um dos principais filmes hollywoodianos da década de 90.

Outros filmes representantes da cultura pop que podemos citar: Clube da Luta, Matrix, Kill Bill, entre outros. Todos foram grande sucesso de bilheteria, assistidos por milhões de pessoas. Não são filmes considerados chatos, como clássicos antigos. Nestes filmes há sempre críticas à sociedade americana e cenas de violência, geralmente acompanhadas por efeitos, como a câmera lenta ou efeitos especiais.

Séries de TV e animes também fazem parte da cultura pop. Ela pode ser definida por algo de grande aspecto visual, que pode ser discutido em uma mesa de bar e com uma grande história no “background” do filme.

Esta “cultura” não foi algo premeditado, não foi intenção criá-la. Ela surgiu e foi totalmente aceita. Todos estes filmes, quadrinhos e músicas referentes à cultura pop são um olhar diferente em torno da sociedade americana.

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domingo, 12 de julho de 2009

Anúncios de Domingo

Anúncios publicitários sempre foi algo que me chamou muita atenção. Desde que sejam bem feitos, é claro.

Propagandas feitas em outdoors nas ruas são uma grande forma de chamar atenção das pessoas, chega ser algo que paramos para ver e esclamamos: “quanta criatividade”.

Reuní neste post um conjunto de propagandas que considero de bom agrado.

Este vídeo da Honda ficou genial, os saudosistas que jogavam TIM vão adorar.

Esta propaganda da Santa Casa ficou muito boa.

Alguns outros anúncios que achei no site Curiosando (clique nas imagens para ver mais anúncios).

Belt Up | Banco de trás não é seguro sem cinto-de segurança

Revista Propaganda & Marketing | Se você estuda publicidade ou marketing, o que você vai ler?

Spontex Panos | Máxima Absorção
Agência: TBWA Barcelona

Volvo | O Volvo XC90 só tem sete lugares. Desculpe
Agência: Euro RSCG South Africa

Para ver mais propagandas, segue o link: 

http://www.curiosando.com.br/category/varios/publicidade/

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pobre Inácio

Inácio foi durante muito tempo operário em uma fábrica especializada em produzir cinzeiro para motos. Trabalhava de sol a sol e era um grande companheiro para seus colegas de trabalho.

Reunia-se com todos para a pelada de quarta-feira na quadra coberta do Rubinho. Este por sinal, já estava cansado das piadas sobre um famoso homônimo, mas esta parte da vida de Inácio não vem ao caso. Se você deseja saber mais, use a imaginação. Afinal, este é um texto fantasioso.estrela-do-mar

Todos devem ter ouvido algo a respeito da famigerada crise que assolou os Estados Unidos e, consequentemente, o resto do mundo. Pois bem, nessa história de mudar a carga horária ou demitir funcionário, Inácio “rodou”. Isso mesmo, foi demitido sem aviso prévio e já estava quase aposentando. Provavelmente não conseguiria emprego em nenhuma outra fábrica no abrangente ramo da produção de cinzeiro de moto.

As indústrias estavam demitindo para não caírem na dança das cadeiras. Era um ano apertado e fechá-lo no vermelho não era algo esperado, muito menos desejado.

Continuava reunido com seus amigos, que foram todos demitidos (talvez aquele ditado “diga-me com quem andas e ti direi quem és” não serviria para a ocasião, pois apenas educadores falam isto para adolescentes rebeldes). Mas a cerveja e o churrasco no domingão era algo que não deixariam de fazer.

Foi durante o ocioso domingo que Inácio proferiu palavras tão sábias que jamais nenhum de seus amigos esqueceu: É... Aquele partido era somente ilusão. Depois, todos fizeram silencio e repetiram estas palavras para si mesmos.

Não foi motivo para acabar a festa, mas todos ficaram abalados. No mês seguinte, todos os amigos, inclusive Inácio, arranjaram emprego no ressurgente negócio de produção de rebimboca para parafusetas.

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