segunda-feira, 27 de abril de 2009

A mentira na condição de existência humana

184822466_8f7a0a2463 Todos devem conhecer a história do lobo e o menino. Pois bem, esse é um exemplo que a maioria das mães demonstra para seus filhos. Sempre fomos intuídos a não mentir e quando pegamos nossos pais mentindo, eles afirmam que a mentira boa vale.

Afinal, existe um contraste em mentira boa ou ruim? Há sempre aquela mentira que usamos para livrar alguém de uma situação embaraçosa. Porém, devemos saber que a História foi escrita, falada, proclamada, contendo muitas mentiras. E estas não eram, na sua maioria, boas. Algumas podendo até mudar o curso de um governo.

Há aqueles que mentem compulsivamente, chegando a ser um transtorno psicológico. Podem mentir para conseguir um “destaque” em algum grupo, ser ornamentado como uma pessoa “gente boa”, engraçada. Nesses casos, pode até não ser um transtorno mental. Quando determinada pessoa não consegue manter amizades, isso pode ser considerado um “mentiroso” compulsivo.

Não há pessoa que nunca mentiu. O tema, mentira, é debatido em até séries de televisão americana. Espontaneamente, uma pessoa pode mentir. Digamos que esta é uma necessidade natural da condição de vida do ser humano.

Existem algumas mentiras que podem acarretar fatos sucessivos, o chamado “efeito dominó”. Um boato pode se espalhar de tal forma que pode haver deformações na história original. Uma pequena mentira pode, facilmente, se tornar uma grande.

No dia-a-dia presenciamos muita mentira quando tratamos de brincadeiras. O ser humano gosta de ver alguém de sua mesma espécie caindo em uma “pegadinha”. Certamente, o plano de fundo dessa brincadeira é uma mentira que contam para alguém acreditar. Quando levado de forma saudável, não há nenhum risco. Porém, se alguém acreditar a mentira deixa de ser algo divertido e passa a ser algo descontrolado, desenfreado.

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Um dia na vida

Em todos os dias úteis era a mesma história. Toda aquela coisa de rotina, cidade grande. Acorda, toma seu banho, bebia alguma coisa rapidamente, e corria para o ponto de ônibus. Pegava seu “busão” para ir trabalhar.

Subia o veículo transportador de um grande número de pessoas (ônibus) com seu Ipod ouvindo Bob Dylan. Imaginando o que aconteceria em sua vida se fosse jovem naquela época. Fantasiava ser hippie, cowboy, ir ao Woodstock e essas coisas que muitos imaginavam sobre épocas transcorridas.301853148_9dfbadd5ef

Descia no seu ponto habitual, comia uma coxinha e bebia um copo de refrigerante na lanchonete da esquina. Pronto para ir ao trabalho, desamassava sua blusa social comprada na liqui dação da Renner e segue rumo ao trabalho.

Tinha sempre aquilo de entregar relatório na mesa do chefe. Pensava o tempo todo enquanto fazia sempre o mesmo trabalho, em como faria algo para sair da empresa e ser seu próprio chefe e ter um negócio revolucionário. Já havia pensado em gerar energia do impacto do carro no asfalto, coisas para diminuir o trabalho humano. Até pensou em como “transmitir” água via Bluetooth ou carregar um notebook por meio da tecnologia wireless.

Pois bem, nosso filósofo revolucionário não produzia nada do eu pensava. Sempre continuou o resto da vida naquela empresa, com o mesmo cargo. E sempre ia embora ouvindo Bob Dylan e continuando imaginando, fantasiando...

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

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luaGeralmente, quando alguém fala algo sobre teoria da conspiração, já acham que o cara é maluco, doido e que já foi abduzido por ET`s. Bem, é mais ou menos isso. Muitas pessoas “viajam” quando vão falar sobre essas coisas. Isso deve ser o porquê da generalização do assunto. Teoria da conspiração e coisa de maluco ou alguém contra americanos e sua expansão imperial.

Digamos que algumas dessas teorias são um pouco plausíveis. Porém, quando misturadas ao sensacionalismo viram coisas absurdas. Alguém pode até estar acreditando que eu estou falando algo conspiratório agora, somente para vocês acreditarem que conspiração é coisa de lunático.

Eu até tendo acreditar em alguma coisa em relação a conspirações governamentais, mas quase cheguei a desistir quando algum indivíduo “esculhamba” com o assunto.

Colocando de lado essa parte das viagens, como por exemplo, Uma raça de lagartos alienígenas mutantes domina a Terra. Algumas podem até ser pensadas. É incrível o poder que essas teorias têm sobre as pessoas. Não sei se é a linguagem, o modo de falar, mas muitos acreditam naquilo e começam a associar a tudo que acontece em suas vidas. No momento, você pode até discordar, porém em um determinado momento a lembrança volta e podemos até parar para pensar sobre isso.AbbeyRoad

Existem aqueles mais espertos que conseguem ganhar dinheiro em cima de alguma conspiração. Os Beatles foram uma grande banda e conseguiram transformar uma brincadeira em uma grande jogada de marketing. A possível morte de Paul McCartney foi discutida por um bom tempo da década de 60. No início era uma brincadeira com o acidente sofrido por Paul. Depois, a “teoria” sobre sua morte foi crescendo e se espalhando pelo mundo. O grupo musical ainda alimentavam essa teoria nas capas de LP`s e ainda colocavam algumas mensagems quando uma pessoa escutava a música ao contrário ouvia. Claro, uma pessoa que tinha ouvido falar dessa teoria. Depois sem querer ao escutar uma mensagem deveria ficar paranóico.

Sendo pretensiosas ou não, devemos colocar a razão antes de ler ou escutar essas teorias. Em outro caso, podemos fazer igual a Bob Fisher, arrancar todos os dentes com medo dos soviéticos terem colocado uma escuta neles.

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

O que você vai ser quando crescer?

É comum entre as crianças de todo o mundo sonharem no que querem se tornar quando crescerem. Algumas querem ser astronautas, bombeiros, médicos, esportistas, etc.

É uma fase gostosa e que deve ser fomentada pelos pais, mas sem imposições e cobranças, apenas incentivos.kichute

Entre os meninos que usam calção e ralam joelhos na rua, arrancam tampas de dedo nos meio-fios da calçada e correm atrás da pelota, de cada 100, 99 querem ser jogadores de futebol.

E é até compreensível. Vivemos no país do futebol. País pobre, diga-se de passagem, onde o sucesso repentino com o esporte é a tábua de salvação para muitos deles e suas famílias. É até difícil ver um jogador de sucesso hoje que tenha nascido em berço de outro.

Eu era um menino que usava calção, ralava o joelho na rua, arrancava tampa de dedão no meio-fio da calçada correndo atrás da pelota. Mas também era aquele 1 em 100 que não queria ser jogador de futebol.

Não foi por falta de incentivo, porque até um ki-chute eu tinha. Quem tem mais de 25 anos com certeza se lembra do ki-chute. Com o solado feito de borracha de pneu de caminhão e lona preta, o tênis era uma sensação entre a garotada.

Mas naquela época eu já tinha outros planos. Por mais estranho que possa parecer eu queria ser cronista esportivo.

Nem tanto pela minha falta de habilidade com a bola (que era evidente), mas talvez pela habilidade com as palavras e as frases soltas na cabeça.

Quando eu jogava futebol na rua e esperava minha vez de entrar ficava analisando, como os cronistas, o posicionamento, a jogada que deveria ter sido feita em profundidade, a linha de impedimento, o jogador que segurava demais a bola...

Tudo isso vinha em mente como num turbilhão. E eu me sentia muito mais realizado pensando naquilo, observando o jogo dos outros e comentando as jogadas do que efetivamente jogando! Até porque jogar eu jogava por insistência, porque talento futebolístico me foi negado pelo Criador.

Não, eu não era do tipo “professor”. Eu não queria inventar táticas, corrigir posicionamento dos atacantes nem ensinar fundamentos aos zagueiros. Tenho aversão aos jogadores de futebol que chamam a seus técnicos de “professor”.

O que eu queria mesmo era ser cronista esportivo. Adorava os comentários do Nelson Rodrigues, especialmente quando ele falava do seu Fluminense e quando evocava Gravatinha e o Sr. Sobrenatural de Almeida.

Sempre fui fã do Mário Filho, o criador de multidões que influenciou na criação de toda áurea que envolve o Fla-Flu e dono do primeiro jornal dedicado exclusivamente aos esportes no Brasil.

Até o Roberto Drummond, ou Druda como um colega o chamava, era excepcional cronista quando ele dava seus pitacos e falava do seu Galo Doido (Atlético-MG).

Mas o tempo passou e eu cresci. Trilhei outros rumos. Não me tornei cronista esportivo.

Não, também não sou frustrado por não ser algo que queria quando era criança. A maioria das crianças quando adultas não seguem a profissão que pensaram nos tempos de antanho. Quantas crianças brasileiras queriam ser astronautas e só o Marcos Pontes (brasileiro que foi ao espaço) conseguiu?

Não sou cronista. Mas por diversão, ainda dou meus pitacos.

Assinado,

Nemo Tenetur

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